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Campo Grande

13/11/2015 16:58

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Empresa investigada por tapar ‘buraco-fantasma’ retoma serviços nas ruas da Capital

No anúncio da retomada da operação tapa-buraco em Campo Grande, o prefeito Alcides Bernal declarou 'não saber de detalhes', nem sobre os locais e nem sobre as empreiteiras a tomar frente da força-tarefa para amenizar a condição precária das ruas da cidade, tomadas por verdadeiras ‘crateras’. Porém, a informação parece que tinha o intuito de esconder quem realmente vai fazer os trabalhos na cidade.

Conforme a assessoria de imprensa da Prefeitura Municipal, uma das seis empresas responsáveis pelo serviço é a Selco Engenharia Ltda. - investigada pelo MPE-MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) por ser flagrada tapando um buraco "fantasma", em janeiro deste ano. As demais empresas que irão participar da nova fase do serviço são a Diferencial, Gradual, Paritec, Wala e Usimix.

A assessoria afirmou que os nomes foram definidos por própria recomendação do MP e que o envolvimento da Selco no escândalo ainda não foi comprovado. A justificativa de aproveitar contratos antigos e com vigência até 2016 pareceu ‘fazer mais sentido’, conforme a assessoria, pois a abertura de um contrato emergencial iria demorar ‘tempo demais’.



Custando o valor de R$ 2 milhões mensais aos cofres públicos, a Prefeitura Municipal promete 'mudar' o asfalto da Capital em, no máximo, três meses. 

Flagrante

O flagra do "buraco fantasma" foi feito por meio de vídeo, gravado pelo porteiro de um prédio em frente ao local onde o serviço foi feito, e enviado e reportagem do TopMídiaNews. O material foi gravado no dia 22 de janeiro, às 13h, em um bairro na região do Monte Castelo, conforme informado pelo autor da gravação. Veja abaixo:

O escândalo acabou virando notícia nacional e rendendo à prefeitura a abertura de dois inquéritos no MPE, para investigar a "farra" com a verba pública. O trâmite incluiu as ações de recapeamento e solicitava que a prefeitura apresentasse todos os contratos e termos aditivos das empresas que prestava esses serviços na cidade.

 

Contratos são vigentes até março

Dois meses após a cena flagrada em vídeo, o secretário da Seintrha (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação) na gestão Gilmar Olarte, Valtemir de Brito, prometeu criar um novo modelo de licitação que evitaria falhas ou superfaturamento nas contratações, mas isso nunca saiu do papel e venceu o prazo de 90 dias.

A Selco detinha um contrato de R$ 5,918 milhões com a prefeitura, que chegou a ser suspenso, mas renovado dias depois até 2016. Antes que outra decisão fosse tomada, Gilmar Olarte perdeu o posto de prefeito para Bernal, e a questão segue indefinida.

Atualmente, segundo dados do próprio município, são gastos cerca de R$ 13 milhões ao mês – ou R$ 156 milhões ao ano – com empresas responsáveis pelo serviço. O município sempre negou a existência do buraco 'fantasma', afirmando que laudos técnicos determinaram a realização da manutenção.

As empresas Proteco e LD Construções, respectivamente dirigidas pelos empresários João Amorim e seu genro, Luciano Dolzan, ambas investigadas na Operação Lama Asfáltica por fraudes milionárias em licitações e que antes também prestavam o serviço de recuperação das vias, tiveram os contratos suspensos com a prefeitura este ano. A suspenção se deu após recomendação do MPE.

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