A família de Luanny Priscila Moti dos Reis, 29 anos, acusa a equipe médica da Santa Casa, de deixar resto de placenta na paciente, durante o parto, e lhe causar complicações graves, em Campo Grande. A jovem vai para a terceira cirurgia para corrigir o erro e o procedimento é de alto risco, segundo a denunciante. 

A Santa Casa negou qualquer tipo de ''esquecimento'' ou negligência por parte da equipe médica. 

Conforme a mãe de Luanny, Márcia Elisa Gomes Moti, a filha se internou no hospital dia 17 de março, onde teve uma menina. A jovem teve alta dia 19 do mesmo mês. Em casa, no dia 27, teve hemorragia severa, onde parte da casa ficou repleta de sangue. 

A paciente retornou ao hospital, na noite que passou mal. Ainda conforme a denúncia, na segunda-feira (28), pela manhã, continuou mal e passou por um ultrassom. O exame teria constatado que havia sujeira do parto no organismo, razão das complicações. 

Luanny passou por curetagem e teve alta no dia 29. No entanto, continuou sentindo dor de cabeça e tontura. Um novo ultrassom foi feito e observado que ainda havia sujeira no organismo da paciente e a alta foi suspensa. 

De volta ao hospital, a mulher continuou se sentindo mal. 

‘’Ela foi ficando fraca, a anemia tava alta.... ela tomou sangue e teve reação’’, detalhou a mãe. Um médico teria observado que a reação se deu em razão dos remédios e que, com a persistência da anemia, uma nova cirurgia seria muito arriscada. 

Márcia Elisa diz que a direção do hospital conversou com ela e soube que uma terceira cirurgia será feita, nesta sexta-feira (1º), mas que o procedimento é de alto risco. 

‘’É o último recurso. Vão abrir os pontos da cesárea dela. A vida da minha filha está lá, nas mãos deles’’, lamentou Márcia. Ela ainda reclamou que a filha foi privada de ficar com a bebê durante a internação. 

Resposta

A Santa Casa informou, no final da tarde desta quinta-feira, que a causa da hemorragia ainda está em investigação. A paciente segue recebendo todo o atendimento da unidade e está consciente e orientada, na enfermaria da maternidade. 

A equipe médica destacou que há um procedimento cirúrgico agendado, para confirmar se o problema da paciente é fruto de uma doença gestacional. 

A Santa Casa ressaltou ainda que o problema não se trata de ''esquecimento'' ou de negliência da equipe que procedeu a cesárea em Luanny. 

O hospital acrescentou que a família da paciente foi orientada sobre todos os procedimentos.