Três homens, que seriam oriundos de Minas Gerais, têm aterrorizado moradoras da Capital. Segundo as denúncias, que são feitas nas redes sociais, eles chegam nas casas e oferecem roupas, calçados e batons para revender, dizendo que voltarão depois de um determinado prazo para fazer o acerto.
O problema é que quando voltam, caso a pessoa não aceite ficar com tudo que eles deixam, os “mascates”, como são conhecidos, agem com agressividade e ameaçam até mesmo agredir e matar as vítimas. Os homens agem em um carro Voyage prata ou em um carro vermelho.
“Eles chegam no começo bem-educados, deixam os kits, avisam da comissão, que pode devolver. Levam na conversa. Mas quando voltam para receber vem em três pessoas diferentes e a história muda. Quando falei que não tinha vendido tudo, que estava vendendo ainda, começaram a me ameaçar e ameaçaram meu filho”, conta a moradora do Jardim Colibri.
Com medo, ela avisou que ia chamar a polícia. “Chamei, ele começou a falar que ia dar um tiro na minha cara quando foi para o carro e eu chamei a polícia. Foi um escândalo. Fiquei muito nervosa”.
Apesar disso, a viatura policial não foi até a casa da moradora. “Fui até a delegacia e fiz um boletim de ocorrência”.
Para juntar mais vítimas, ela fez uma postagem nas redes sociais e, com isso, várias outras mulheres relataram que passaram e estão passando pelo mesmo problema. “Eles gritam, são agressivos e ameaçam”, conta uma moradora na região da Coophavila.
Agora, um grupo foi criado para juntar as vítimas dos mascates que andam em carros diferentes. “Também chamei a polícia, porque ele ameaçou minha filha, fez um escândalo”.
O grupo também passou na Vila Nasser. “Eles ficam oferecendo as coisas. Eu nunca mais na minha vida pego nada para vender. Eu fiquei com medo, querem que a gente pague a dívida dos outros e os produtos não são de qualidade. Estou com o coração na mão porque eles falaram que iam voltar. Mas como vou ficar trancada dentro de casa? Eles ameaçam, não tem educação e, quando você começa a falar, começam as ameaças”.
“Vem um dentro do carro e os outros ficam lá atrás. E ele me chamou de vagabunda, eu fiquei muito nervosa”, disse ela que é cabeleireira e foi convencida a deixar os produtos a venda no salão dela.
Algumas vítimas fizeram boletim de ocorrência, porém os nomes não serão divulgados para segurança de todas.