Este sábado (12) é marcado como o “Dia D” para a vacinação contra a influenza em todo o país e, durante a manhã, diversas mães procuraram os postos de saúde da Capital para vacinar os filhos autistas. O problema começou quando os funcionários da unidade informaram que as crianças acima de 5 anos, mesmo sendo portadoras de autismo, não tinham direito à vacina gratuita.
Uma lei municipal, sancionada em setembro do ano passado, garante atendimento preferencial nas unidades de saúde - públicas, particulares e subvencionadas pelo poder público – e em qualquer órgão público municipal, cuja demanda será considerada prioritária.
A legislação também assegura o acesso às ações e serviços de saúde, visando a atenção integral às necessidades de saúde do Transtorno do Espectro Autista (TEA)
Mesmo respaldadas pelas leis, as crianças foram impedidas de se vacinarem nos postos do bairro Jockey Club, Iracy Coelho e Santa Camélia. Conforme as mães que fazem parte do grupo “Pro D TEA”, nem mesmo o laudo médico em mãos, atestando o Transtorno, foi capaz de garantir a imunização.
“O documento pregado nos postos de saúde deixam claro que presos, professores e outras pessoas do grupo de risco podem se vacinar, mas nossos filhos que têm a saúde fragil pela condição não tem direito.”
As mães ainda lembram que, caso o autista pegue a Influenza, o tratamento será muito doloroso, já que o paciente tem restrição alimentar, problema para tirar sangue e tomar soro na veia.
Resposta
Por meio da assessoria de imprensa, a Secretaria Municipal de Saúde Pública (SESAU) informou que as crianças de espectro autista não estão no grupo de risco estabelecido pelo ministério da Saúde, a não ser que tenham alguma outra comorbidade estabelecida. Mas, consideram que estes pacientes deveriam fazer parte do grupo de risco e, por este motivo, em parceria com a Associação dos Pais e Amigos do Autista (AMA) haverá um cronograma de vacinação disponível na instituição.