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Campo Grande

12/03/2024 15:33

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Movimento negro repudia violência contra criança negra em escola no Universitário (vídeo)

Menina de 4 anos foi agredida pelo pai de outro aluno ao dar um abraço no coleguinha

O Grupo TEZ, pioneira entidade do movimento negro sul-mato-grossense, emitiu uma nota de repúdio em relação à agressão contra uma criança negra, durante a manhã desta segunda-feira (11), na Escola Municipal Professora Iracema de Souza Mendonça, no bairro Universitário, em Campo Grande.

Câmera de segurança da escola flagrou o pai de outro aluno empurrando a menina de 4 anos, após ela abraçar seu filho branco, no pátio da escola.

Em nota o Grupo TEZ expressa profunda indignação e repúdio a quaisquer formas de discriminação e preconceito racial.

O texto reitera que o racismo é uma construção social nociva, que pode ser internalizada por crianças e adolescentes quando expostas a situações de discriminação por parte de adultos.

Como a entidade citou, crianças não nascem com preconceitos, mas os adquire ao observar comportamentos discriminatórios no ambiente familiar.

Segue a nota:

Grupo TEZ primeira entidade do movimento negro sul-mato-grossense manifesta, publicamente, repúdio a quaisquer formas de discriminação e de preconceito racial. Como parte da sociedade todos somos diferentes e é nessa característica da humanidade, que reside a nossa força, beleza e infinitas possibilidades de criação e recriação. Porém, essa mesma característica produziu, ao longo da história, e continua a produzir preconceitos e discriminações que levaram e levam ao exercício de poder sobre as pessoas por conta da cor da sua pele, religião, orientação sexual, dentre outras.

Estamos profundamente indignados com o ocorrido e reiteramos que abominamos, de forma veemente o fato acontecido na Escola Municipal Professora Iracema de Souza Mendonça, situada no Bairro Universitário, durante a manhã desta segunda-feira (11), em Campo Grande. O racismo causa impactos danosos do ponto de vista psicológico e social na vida de toda e qualquer criança ou adolescente. A criança não nasce racista, mas pode aprender a discriminar apenas por ver os adultos discriminando, nesses momentos, ela se torna vítima do racismo. 

O ato de discriminar agride os Direitos Humanos e o princípio da dignidade da pessoa humana. É nossa responsabilidade enfrentar o racismo nos diferentes espaços que ocupamos, incluindo os ambientes virtuais e as escolas.

Esperamos que diante de todos os fatos as devidas providências sejam tomadas. 

O caso

 

O homem de 32 anos, que aparece em um vídeo agredindo uma menina de 4 anos, na Escola Municipal Professora Iracema de Souza Mendonça, no bairro Universitário, em Campo Grande, também agrediu a diretora.

À polícia, ele disse que o filho não gosta de abraços.

De acordo com a Polícia Civil, o crime aconteceu por volta das 7h desta segunda-feira (11), na entrada das crianças na escola. O homem levou o filho e ficou observando do lado de fora, quando viu a menina abraçar o filho. Segundo a versão do homem, o filho tem fobia e não gosta que o abracem, por isso ele pediu para que a monitora da escola separasse os dois, o que não foi atendido.

Em seguida, ele pediu para a diretora afastar as crianças, também ignorado. Alegando nervosismo, o pai partiu para cima da diretora de 69 anos, entrou na escola e empurrou a menina, que tropeçou e quase caiu.

A câmera de segurança flagrou a truculência da ação. Ainda de acordo com a Polícia Civil, o homem retornou à escola, foi até a sala da diretora, que estava registrando o ocorrido em ata escolar, e disse que orientou o filho que se caso a menina ou qualquer outra criança se aproximasse dele, que ele poderia bater.

A Guarda Civil Metropolitana foi acionada e conduziu os envolvidos para a DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), onde foi lavrado um Termo Circunstancial de Ocorrência.

Além da oitiva dos envolvidos e de testemunhas, foi analisado o vídeo da câmera de monitoramento da escola. Durante a investigação, a polícia ainda não verificou qualquer indício de racismo. Os fatos seguem em investigação pela DEPCA.

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