Há mais de três meses sofrendo com uma alergia nos braços, Adataniely Victório, de 30 anos, já tentou várias vezes, mas ela não consegue marcar consulta na UBSF (Unidade Básica de Saúde da Família) do Parque do Sol, em Campo Grande.

A jovem explica que na unidade não para médico, e quando tem, as pessoas têm que ir um mês antes para tentar marcar uma consulta.

“Eu estou há quase três meses com uma alergia nos braços que não passa. Já fui na UBSF quatro vezes para me consultar e resolver o meu problema e quando chego lá, o que sempre o que eu escuto das atendentes é de que está em falta médico, ou que não tem como marcar porque o médico está com a agenda cheia”, explica.

 Adataniely conta que a enfermidade tem lhe causado constrangimento porque as pessoas a olham com cisma, por achar que pode ser contagioso talvez.

Na tarde do último sábado (13), ela conta que chegou a passar mal e foi parar na UPA do Coophavila II, devido à gravidade do problema. Lá, o médico chegou a passar medicamentos a ela, mas estava em falta. Já na tarde de segunda-feira (15), Adataniely retornou na UBS para saber se tinha médica para a consulta, mas novamente ela foi informada que o profissional só está atendendo casos urgentes.

A unidade está com todas as equipes completas, atualmente com quatro médicos. Em março deste ano, o médico responsável pela área de abrangência desta paciente ficou afastado, mas já retornou aos atendimentos. A unidade está organizando as agendas para tentar ampliar a oferta de vagas.  Consta que a paciente buscou a unidade na segunda-feira para tentar um encaixe. Ela passou por consulta com a enfermeira, sendo avaliada e orientada a buscar atendimento novamente em caso de piora, considerando o seu quadro clínico ser estável. Na data em questão, a unidade estava com agenda lotada, sendo realizados 212 atendimentos médicos, não havendo possibilidade de encaixe. A unidade atende pacientes agendados e por demanda espontânea, ou seja, aqueles que não são agendados, seguindo protocolo de classificação, priorizando as situações mais graves. Cabe ressaltar que a paciente foi devidamente orientada em relação a esta questão e que em nenhum momento houve recusa no atendimento - Sesau Campo Grande

A jovem está desesperada, pois ela precisa passar pela consulta e não consegue médico. Enquanto isso, a situação dela só piora.

“Essa alergia tá cada dia pior. Coça muito, pinica, arde e a pele parece um pouco áspera”, concluí a jovem.