Pessoas em situação de vulnerabilidade social em Campo Grande e que não têm onde dormir, senão as ruas, têm no Cetremi (Centro de Triagem e Encaminhamento do Migrante e População de Rua) um local de apoio. Contudo, alguns dos atendidos afirmam terem sido trancados nos quartos do lugar, proibidos de sair durante a noite.
As denúncias foram encaminhadas ao TopMídiaNews, que apurou a questão com a prefeitura, responsável pelo serviço através da Secretaria Municipal de Assistência Social (Sas). Conforme assessoria de imprensa, a medida de trancar as portas não é praticada e os atendidos têm livre circulação.
“Os quartos não ficam trancados e a pessoa pode solicitar a saída a qualquer momento, podendo retornar se houver uma justificativa lícita como, por exemplo, motivo de saúde ou trabalho, que deve ser comunicada para a equipe de plantão com antecedência. Para isto, existe equipe de cuidadores disponíveis 24 horas”, diz a nota oficial.
O Cetremi atende uma média de 100 pessoas por dia, entre eles migrantes e pessoas em situação de vulnerabilidade. Entre as pessoas atendidas, muitas são usuárias de álcool e substâncias psicoativas e, como medida de segurança a fim de proteger os demais usuários do serviço, a Unidade tem regras para a entrada e permanência no local, tais como não estar sob efeitos de psicoativos, aceitar os cuidados básicos de higiene, respeitar os demais usuários, cumprir com os horários para o bem comum de todos, entre outras.
Os tipos de atendimentos no Cetremi são pernoite, alimentação, regularização de documentação pessoal, passagem de ônibus ao seu destino ou a cidade mais próxima, entre outros, como forma de incentivo à sua independência. O local acolhe adultos e famílias provisoriamente em situação de rua e desabrigo por abandono, migração e ausência de residência ou pessoas em trânsito e sem condições de se sustentarem.
A nota informa que para ter acesso aos serviços do Cetremi é importante acionar o Serviço Especializado em Abordagem Social (Seas), que funciona por 24 horas ininterruptas, através de busca ativa ou por meio de denúncia pelo telefones (67) 98448-3758 e (67) 98455-6879.