Maria Aparecida de Jesus, avó materna de Jhemerson de Jesus, de 2 anos, disse que não se conforma com o que aconteceu e pede justiça.

Bastante abalada, a avó compareceu ao velório do neto na tarde desta terça-feira (13) para despedida no Cemitério da Paz, em Campo Grande. Ela acredita que o padrasto seja o culpado pela morte da criança.

"Eu acho que foi ele, porque ele já maltratava. Eu não tinha contato com ele, mas os vizinhos me falavam que ele era estúpido com o Jhemerson, porque ele chorava e ele já ia bater, chegaram em mim e falavam. Cansei de trazer ele para casa para ele não bater, mas ele não ficava", afirma.

Maria revela que a filha era usuário de drogas e bebia. Além de Jhemerson, a filha teve uma menina, de 4 anos, registrada pela avó que sempre a criou. A menina foi levada para um abrigo na tarde desta terça-feira (6) por decisão da Justiça.

"Minha neta foi para o abrigo. Eu tô muito abalada porque foram tirar minha neta de dentro da minha casa para levar para o abrigo, sendo que ela tem apoio na minha casa. Ela é registrada no meu nome como minha filha porque o pai não quis registrar, o pai correu, aí eu dei a minha assinatura no lugar da minha filha", diz revoltada. 

Segundo a avó, toda vez que a mãe das crianças saía, ela levava os dois. Ela acredita que a filha não tenha agredido Jhemerson e diz não ter raiva, mas diz estar muito magoada pelo que ela deixou acontecer.

"Não foi a educação que dei para ela. Eu sou mãe de seis. Eu tenho uma com 14 e uma com 10 anos. Nunca deixei ninguém bater. Tinha que bater em mim primeiro. Acho que quem batia era o namorado dela", diz Maria.