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Campo Grande

26/08/2018 13:30

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Assunto ainda é tabu, mas Dia da Visibilidade Lésbica promete expor vozes de MS

Tema será debatido em sarau na Praça dos Imigrantes com show de Ana Cabral

O “Sarau Delas” será realizado nesta segunda-feira (27), em alusão ao dia da visibilidade lésbica, comemorado no dia 29 de agosto, com Ana Cabral e outros Artistas na Praça dos Imigrantes, em Campo Grande.

De acordo com a coordenadora de políticas públicas LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros), Cris Stefanny, o evento realizado pela SDHU (Subsecretaria de Defesa de Direitos Humanos), por meio da Segov (Secretaria Municipal de Governo e Relações Institucionais), será usado para ouvir e colaborar com o movimento na Capital.

“Vamos dar suporte, o apoio e acolher as demandas para implementar políticas públicas voltadas também para essa parcela da sociedade. Não impor nenhum tipo de política e sim ouvir elas, através dela, dentro do que a administração puder fazer valer o direito delas enquanto pessoas lésbicas e bissexuais”, afirma Cris.

Assim como a coordenadora, a professora Roberta Salgado, 32 anos, diz que existe carência sobre o assunto na educação. “Percebemos uma defasagem na educação, na família, percebemos essa carência, falta falar abertamente sobre essa questão. Outra questão seria é o lesbecídio [assassinado de lésbicas por homofobia], temos casos que caem no esquecimento, mas estamos sempre relembrando”.

Cris Stefanny - Foto: Geovanni Gomes

A professora destaca o assassinato de Thais Giedry Borges dos Santos, 22 anos, na praça do Rádio Clube, em Campo Grande. “Não pode ser esquecido, a Thais é sempre lembrada. Participamos do SENALE (Seminário Nacional de Lésbicas), que agora é SENALESBI (Seminário Nacional de Lésbicas e Mulheres Bissexuais) e não deixamos casos de lesbicídio cair no esquecimento”.

Roberta destaca ainda a dificuldade, até mesmo por parte dos meios de comunicação, de falar de orientação sexual e cita como exemplo a morte da vereadora Marielle Franco. “Não falaram que ela era lésbica, eles só falavam morte de uma vereadora. Precisamos falar abertamente sobre o assunto, ainda existe muito preconceito".

"Tem um dossiê que comprova que, só em 2017, 54 mulheres lésbicas foram assassinadas no Brasil. Em 2016, foram 30, mas essa conta foi feita através das redes sociais, através de notícias, acredito que o número seja muito maior”, finaliza.

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