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Sem realizar raio-x em UPA, paciente volta para casa com pontos em braço quebrado

Motociclista quebrou braço após acidente, mas não recebeu atendimento devido em Unidade de Pronto Atendimento

Dois dias após se acidentar, o motoentregador Jamerson Martins Borge descobriu estar com o braço quebrado e acusa a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Cel. Antonino de negligência médica, em Campo Grande. A vítima recebeu pontos no braço fraturado e foi encaminhada para casa, sem realizar raio-x.

O acidente de Jamerson aconteceu na quarta-feira (21), depois que sua motocicleta bateu no meio fio, na região do bairro Coronel Antonino. Atendido pela equipe do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), o rapaz foi encaminhado para UPA mais próxima.

"No local eles lavaram e higienizaram o corte, que foi profundo, e sequer me encaminharam para fazer o raio-x. O médico que me atendeu não foi na sala prestar mais atendimentos. Fizeram o curativo e me deram oito pontos no braço, mesmo eu morrendo de dor, e me mandaram embora", conta.

No dia seguinte, o entregador amanheceu com o braço e mão totalmente inchados, imóvel e com mais dores. "Já acordei com muita febre e dor, sem conseguir movimentar o braço. Na sexta-feira, minha esposa foi trocar o curativo e notou um relevo e apareceu uma ponta [do osso]. Fui à UPA Universitário e descobri que meu braço estava quebrado", relata.

No local, Jamerson foi bem atendido e recebeu todo apoio necessário, passando pelo raio-x que comprovou a fratura. O rapaz logo foi encaminhado para o CEM (Centro Especializado Municipal), e no sábado à tarde, conseguiu uma vaga no Hospital do Pênfigo para realizar cirurgia na segunda-feira (26).

Paciente reclama de negligência em UPA após acidente

"Graças ao médico da UPA Universitário, ao atendimento que recebi no CEM e ao Hospital do Pênfigo, consegui realizar a cirurgia, mas não pude ficar no local tomando medicação na veia. Liberado, já estou em casa me recuperando ainda com dores, mas indignado com tamanha negligência", lamenta.

Jamerson ainda se queixou da desvalorização da classe, que não é reconhecida. "Quando o motoentregador vai ser reconhecido, de ser tratado como um trabalhador normal? A gente pega sol, chuva, trabalha machucado, e as pessoas não reconhecem nosso trabalho. É justo uma negligência dessa", desabafa.

A reportagem procurou a Sesau para posicionamento sobre o caso do paciente e em nota a secretaria informou que vai abrir nota para as condições do atendimento. 

"A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) irá abrir um processo de sindicância para apurar as condições que se deram o atendimento do paciente e, consequentemente, tomar as devidas providências", respondeu.

A Sesau ainda destacou que situações como estas devem ser devidamente formalizadas e relatadas junto a Ouvidoria do órgão para auxiliar no levantamento do histórico do atendimento e dar o encaminhamento para os setores responsáveis. O telefone da Ouvidoria é 3314-9955.

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