Por meio de nota, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) esclareceu que já abriu procedimento interno para apurar as circunstâncias dos atendimentos à criança de 3 anos, que morreu na UPA Coronel Antonino, em Campo Grande.

A família da vítima acusa o sistema público de descaso no atendimento, e rebate informações que indiquem a causa-morte por “H3N2”. 

Em diversas postagens no perfil do Facebook, o tio da criança deixou o caso público e afirmou que a família não aceita laudo indicando a nova cepa da influenza como causa do óbito e que os pais registraram boletim de ocorrência contestando a informação.

Por sua vez, a Sesau informa que não emitiu laudo algum sobre a circunstância da morte da menina. E que os documentos serão fornecidos a família.

“A Sesau esclarece que não foi responsável pela divulgação do óbito da criança por H3N2 e em nenhum momento houve manifestação para a imprensa sobre o ocorrido. Todos os laudos serão fornecidos e demais informações prestadas à família.” 

A secretaria afirma ainda que e menina foi atendida por duas vezes na unidade.

“A criança foi atendida inicialmente na quarta-feira (12) com histórico de dor abdominal, febre e vômito. Ela foi prontamente atendida, teve exames coletados, recebeu medicação e permaneceu em observação. Diante da estabilização e sinal de melhora, ela recebeu alta. Durante a madrugada de quinta-feira (13), a mãe retornou na unidade. Houve um agravamento no quadro clínico da paciente e ela evoluiu rapidamente. Os profissionais realizaram os procedimentos de suporte de vida por cerca de 40 minutos, mas sem sucesso. “ 

“A secretaria manifesta mais uma vez o profundo pesar pela perda da família e se coloca à disposição para eventuais esclarecimentos.”

O caso

Na quinta-feira passada, houve a informação de que uma criança de apenas 3 anos teria morrido vítima da nova cepa da Influenza, a H3N2. A família denúncia que houve descaso no atendimento na UPA Coronel Antonino, em Campo Grande.

Os pais disseram que levaram a criança duas vezes na UPA, e não obtiveram sucesso em salvar a vida. Ela morreu após cinco paradas cardiorrespiratórias.

O tio da criança publicou que a família passa por um momento delicado. 

"Meu irmão perdeu a única filha. Ela chegou com dores abdominais na UPA. Não entregaram o laudo oficial pra nós. Nós contestamos a causa morte. A morte ocorreu pelo descaso."