O presidente do Sindicato dos Servidores da Administração do Sistema Penitenciário (Sinsap/MS), André Garcia Santiago, apresentou documentos e ofícios mostrando que seu nome não está envolvido em suposto ‘grupo criminoso' que atua dentro da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen).

O Ministério Público Estadual (MPE), por meio da 50ª Promotoria de Justiça, recebeu denúncia sobre suposto esquema de corrupção dentro do Sistema Penitenciário. O grupo estaria utilizando a estrutura da autarquia para realizar prática de diversos crimes.

O Sinsap enviou oficio para a Procuradoria Geral de Justiça de Mato Grosso do Sul solicitando cópia integral aos autos referentes a investigação. Em resposta a chefe de gabinete do procurador-Geral respondeu que o pedido deveria ser feito diretamente na 50ª Promotoria de Justiça, por não se tratar de atribuição do procurador-geral,

Santiago mostrou oficio de 10 de fevereiro de 2015 enviado ao Governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), solicitando que mediante quaisquer denúncias formais ou informais envolvendo servidores penitenciários fossem determinadas as apurações devidas, com o propósito de resguardar a imagem da instituição, bem como do servidor. N

Também foi apresentada ata da reunião do Sinsap e da 50ª Promotoria de Justiça realizada em 05 de março de 2015. Na ocasião foi discutido a necessidade que a presidência da Agepen fosse assumida por um servidor de carreira, assim como fosse realizada a regulamentação das cantinas e contratação de mais servidores. Ficou deliberado que o Sinsap iria encaminhar ao MPE relatório prévio discriminado as mazelas do sistema penitenciário, especialmente relacionadas à falta de efetivo, indicando o que na visão do sindicato, o MPE poderia auxiliar.

Em coletiva de imprensa, André Garcia Santiago afirmou que o MPE não entrou em contato com o Sinsap sobre a denúncia do susposto esquema criminoso. "Em nenhum momento o sindicato foi chamado pelo Ministério Público. Se eu realmente faço parte de um grupo criminoso, disponibilizo até o número da minha conta bancária para provar o contrário", disse.

Segundo Santiago as denúncias evolvendo o nome dele  não tem fundamento e são 'retalhos de coxas' que querem a todo custo o envolver com as investigações sobre o sistema penitenciário como a Gisp a Xadrez que também o presidente do sindicato destaca não ter o nome envolvido. "Não fizemos articulação e não temos autonomia para isso. O que aconteceu foi uma lista tríplice, onde além do Stropa havia mais dois nomes de servidores de carreira. O sindicato tem convicção que quem tem que continuar é alguém de carreira. Afinal, médico não é engenheiro", ressaltou.