Ministério Público Estadual abriu inquérito civil para apurar as responsabilidades da Águas Guariroba no vazamento de esgoto na Comunidade do Mandela, em Campo Grande. O fato foi considerado humilhação para quem vive no local. 

Segundo publicado no Diário Oficial do MPMS, foi a Semadur que constatou vazamento de esgoto bruto vindo de poços de visita da rede coletora, que é de responsabilidade da concessionária. 

Ainda segundo a apuração prévia, foram emitidos laudos de vistoria, relatórios técnicos e autos de infração para a empresa. Também foi constatado o extravasamento de esgoto em um poço de visita localizado no final da rua Seiko Yonamine. 

Outro ponto grave destacado pelo MPE é que a sujeira ocorria em solo desnudo, percorria moradias da comunidade e desaguava na nascente do Córrego Segredo, alterando a cor e outros aspectos do rio. 

''O vazamento de esgoto sanitário ocorre próximo às margens do córrego Segredo e está causando problemas para os moradores, especialmente para as crianças, que respiram ar extremamente tóxico'', diz trecho da justificava para o inquérito. 

O caso será apurado pela 42ª Promotoria de Justiça sob o comando da Promotora de Justiça Andreia Cristina Peres da Silva. 

Resposta 

A concessionária justificou o vazamento de esgoto por obstrução da rede causada por descarte de lixo, pedras, areia e entrada de água da chuva na rede coletora. 

''O mau uso do sistema causa o retorno do efluente, como o que aconteceu na comunidade do Mandela'', diz trecho da resposta.

A Águas detalha que é responsável pela manutenção diária de mais de 2,8 mil Km de rede de esgoto na Capital. Além disso, o sistema de esgotamento na cidade conta com duas estações de tratamento, 30 estações elevatórias de esgoto e mais de 29,2 mil poços de visita. Sendo assim, realiza cerca de 1,4 mil serviços de manutenção por mês.