Com a chegada ao CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres) de Campo Grande de uma onça-pintada macho, de 94 quilos, que teria atacado e matado o caseiro Jorge Ávalo no Pantanal, o TopMídiaNews relembra um caso que marcou a Capital há quase 15 anos: uma onça-pintada que fugiu duas vezes do mesmo centro em 2010.
Na época, uma onça de apenas 10 meses conseguiu escapar do recinto onde estava abrigada, levantando a tela de proteção. A fuga assustou moradores da região do Parque dos Poderes e chegou a causar a suspensão de caminhadas no Parque das Nações Indígenas, por precaução.
Apesar da pouca idade, o felino já demonstrava força e habilidade para arrancar a grade de proteção.
Após ser encontrada e reconduzida ao CRAS, a onça protagonizou uma segunda fuga. Dessa vez, a onça forçou a solda da grade e escapou novamente para a mata. O animal havia sido resgatado das várzeas do Rio Paraná e retornou após os cuidados.
Onça que teria atacado caseiro em Campo Grande
A onça, macho, que pode ter sido o responsável pela morte do caseiro Jorge, foi capturada pela Polícia Militar Ambiental na madrugada desta quinta-feira (24).
Conforme informações oficiais, o macho pesa 94 quilos, e o CRAS da Capital foi isolado como medida de segurança, não sendo permitida a entrada de pessoas não autorizadas.
A captura do animal foi realizada pela PMA com auxílio de pesquisadores. A surpresa foi pelo sexo do animal, já que se esperava que ele fosse fêmea, e não macho.
A morte de Jorginho, como era conhecido, causou comoção nacional e preocupação em toda região pantaneira, principalmente por conta da possibilidade de novos ataques, ainda mais após a onça ter voltado ao local da morte do caseiro.
O ataque
"Jorginho" foi morto por uma onça enquanto tentava coletar mel em um deck próximo à mata, onde atuava como cuidador de um pesqueiro particular.
Segundo relatos de moradores e pescadores da região, o ataque ocorreu de forma repentina. Um homem, que foi ao local conversar com Jorginho, encontrou apenas marcas de sangue e vestígios da presença do animal. A cena encontrada foi descrita: “Só sangue. A onça comeu o caseiro”, afirmou.