Rafael Palhano, 28 anos, chorou ao lembrar que foi alvo de busca a apreensão da Polícia Civil, na manhã desta terça-feira (6), suspeito de divulgar fake news contra candidatos a prefeito de Campo Grande. Ativo nas redes sociais, onde dispara contra diversas classes da cidade, não segurou as lágrimas na vida real.

O jovem, que costuma citar casos de corrupção nas redes sociais, diz que foi alvo de abuso, já que os policiais quebraram a porta da casa dele e não lhe apresentaram mandado de busca e apreensão, além de estar com crianças em casa. Ele diz que sofreu ameaça de prisão somente porque questionou onde estava a autorização para entrar na casa dele. 

"Recolheram meu celular, notebook e três ‘tijorolas’ [celulares antigos cujo formato e tamanho parecem um tijolo]’’, destacou o jovem. Ele citou que foi alvo de censura e apenas criticou políticos em sua página no Facebook. 

"Não fui acusado de tráfico de drogas, foi apenas um post sobre uso do fundo partidário. Isso é bizarro. A investigação não tem sentido nenhum’’, lamentou Palhano. 

Rafael lamentou o fato de seus instrumentos de trabalho [notebook e celular] terem sido apreendidos. 

"Não tenho como trabalhar e não recebo auxílio. Se vocês continuarem votando nesses vagabundos, vai continuar a mesma merda’’, desabafou. 

As postagens consideradas mentirosas foram contra o deputado Dagoberto Nogueira, que concorre a prefeitura. Além de Loester Carlos, do PSL. Rafael foi levado à delegacia para esclarecimentos, ouvido e liberado.