O proprietário de um Centro Esportivo, Beto Rezek, aparece em vídeo, divulgado nas redes sociais, xingando jogadores de 'favelados', após discussão por conta de uma partida. Durante o bate boca, o empresário pede para que atletas insatisfeitos vão brigar com jogadores do outro time.
O que era para ser uma costumeira manhã de diversão, no dia do aniversário de Campo Grande, terminou na delegacia de polícia. Atletas do time R9 registraram boletim de ocorrência em razão das ofensas e acusações.
Conforme testemunhas, tudo começou quando um atleta da equipe adversária do R9 foi expulso. Pelas regras do campo, um jogador que está no banco substitui o infrator. Porém, como não havia ninguém na reserva, o atleta expulso permaneceu em campo, o que gerou insatisfação do R9 e a saída do gramado.
Aos poucos, os integrantes do R9 foram saindo e dando de cara com Beto, que gritava e gesticulava em direção aos jogadores. Alguns atletas fizeram menção de parar e discutir com Rezek, mas foram convencidos por outros a irem embora.
No entanto, alguns jogadores do R9, a certa distância, começaram a rebater as falas do empresário, ao passo que ele se exaltava cada vez mais.
Em dado momento, Beto diz que o problema não é dele e pede que os insatisfeitos vão tirar satisfações com o time adversário. E continua os xingamentos.
A testemunha que grava o vídeo se mostra revoltada e exclama. ''Nossa, vamos embora, isso aqui já deu''.
Resposta
Entramos em contato com Beto Rezek, por telefone e via rede social, mas não houve resposta.
No entanto, na página do Facebook, um usuário em nome do empresário esclareceu que os atletas do R9 envolvidos na confusão são frequentadores antigos do centro e há tempos apresentam comportamentos desrespeitosos no local.
Na rede social, a postagem lamentou que no vídeo ''só aparece um lado da história no qual o proprietário do local, após ser agredido, retrucou as agressões''.
O autor da postagem volta a se explicar na seção de comentários e reconhece que a atitude de Beto não foi correta, mas que as pessoas chegam a um limite devido a 'tanto desrespeito'. O texto diz que o centro esportivo está de portas abertas a quem quiser esclarecer o que houve no dia.
Os autores do boletim de ocorrência têm seis meses para representar judicialmente contra o empresário.
