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Professora da UFMS falta quando chove e fuma em sala e no laboratório, reclamam alunos

Coordenador do curso disse que não é 'chefe' dos professores

13 fevereiro 2019 - 07h00Por Thiago de Souza

No curso de zootecnia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, onde predominam jovens estudantes, o mau exemplo vem de quem tem experiência. Uma professora estaria ferindo Lei Federal e fumando dentro de sala e no laboratório. O caso foi enviado à coordenação do curso, mas a denunciante alega que não houve resposta.

Uma aluna, que não quis se identificar, viveu o problema durante os últimos seis meses de 2018 e revela o drama da turma.  

''O que choca mais, é que em dia de prova ela simplesmente se sentou, acendeu o cigarro e fumou DENTRO DA SALA DE AULA. Enquanto isso uma aluna que tem crises respiratórias começou a passar mal e teve que se retirar da sala...'', relatou a discente.

O mesmo teria ocorrido em um dia de prova prática dentro do laboratório. Uma imagem enviada ao TopMídiaNews, onde uma mulher segura um cigarro na porta de um laboratório seria - apenas uma - das situações em que a professora age com desrespeito.

''Não consegui filmar, pois em dia de prova ela retém os celulares'', conta a estudante.

A aluna garante que a professora já tem ciência que incomoda alunos quando fuma, mas não ''estaria nem aí''.  A colega dela explica que em dias de aula normal a ''estratégia'' da  professora é ceder bastante intervalos para poder fumar. ''Só que nos dias de prova não pode sair, aí fuma lá dentro mesmo'', completa.    


Reclamação foi enviada, mas não respondida. (Foto: Reprodução Gmail)

A segunda chateação da denunciante veio quando ela enviou um e-mail relatando o caso para o coordenador do curso, o professor-doutor Charles Kiefer.

''Mandei dia 30 de novembro e até agora ele não respondeu'', reclama a estudante. Ela encaminhou os prints das mensagens enviadas para mostrar que o pedido teria, supostamente, sido ignorado.  

O excesso de faltas é outra crítica à profissional e estaria prejudicando os acadêmicos de igual forma, contam.  

''Ela avisa em cima da hora que não vem e usa a chuva como justificativa'', dizem as alunas. Como consequência, as reposições das aulas perdidas, seguem as acadêmicas, são agendadas para dias em que nem todos os estudantes podem comparecer.

''Além disso, ela tem problema na voz, está cansada. É impossível ouvir o que ela fala'', conta a segunda reclamante.

Resposta

O professor-doutor Charles Kiefer, que coordena o curso de zootecnia, disse que na ocasião em que o e-mail foi enviado, 30/11/2018, não viu a correspondência chegar. Depois ele buscou na caixa de mensagem e encontrou a reclamação.

Kiefer justificou que não é o superior imediato dos professores e que a reclamação deve ser encaminhada à diretoria do curso ou então a ouvidoria da universidade para que possa ser analisada de forma adequada.

No entanto, Kiefer considera que deve-se ter muito cuidado com denúncias e que a profissional em questão é de ''altíssimo nível''. Ele diz atuar no curso há 15 anos e nunca presenciou qualquer irregularidade da docente.

''É preciso ter cuidado com isso. Muitos alunos têm mau desempenho e usam de alguns artifícios para prejudicar o professor'', explicou Kiefer. No entanto ele pondera dizendo que não se refere ao caso acima.

A assessoria de Comunicação da UFMS informou que, nestes casos, a direção e o coordenador de Gestão Acadêmica da Faculdade de Zootecnica devem ser procuradas. Esses departamentos afirmaram que não têm ciência do problema.

*matéria alterada às 17h07 para acréscimo da resposta da UFMS.