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Campo Grande

11/06/2020 13:10

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Idosa morre em UPA do Leblon e família acusa negligência

"Médico não mandou documentação, dificultou, dizendo que não tinha vaga, negligência, deixou morrer"

O auxiliar de enfermagem aposentado, Evandro de Souza Oliveira, 47 anos, aponta que a mãe, Maria do Carmo de Souza Oliveira, 72 anos, foi vítima de negligência e, por isso, foi a óbito na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Leblon, em Campo Grande.

Segundo ele, no dia 9 de junho, a idosa passou mal com princípio de infarto e o Corpo de Bombeiros foi acionado.

 “Ela era saudável, não tinha covid, nem nada, suspeitamos de infarto, acionamos o Corpo de Bombeiros, ela entrou na viatura sozinha. Deu entrada na unidade entre 7 e 7h30 e ficou até 15h aguardando em cima da maca com muita dor”, comenta.

Ainda segundo Evandro, mesmo com dor, a mãe permaneceu consciente durante todo o período em que esteve na UPA. Ele alega que recebeu a informação de uma pessoa de dentro da unidade informando que a transferência havia sido autorizada, no entanto, o médico que estava prestando atendimento recusou a vaga.

“Ela estava viva com dor, infartada em cima da maca até 15h, teve parada cardíaca e faleceu. Recebi a informação de que em hora em hora foi oferecido a vaga pra remover ela, médico não mandou documentação, dificultou, dizendo que não tinha vaga, negligência, deixou morrer, se tinha alguma hipótese dela sobreviver, ele tirou dela”, diz indignado.

Evandro fala qual o desejo da família. “Vamos entrar na justiça, vamos fazer boletim de ocorrência, minha mãe foi assassinada, é uma questão de humanidade a divulgação, para que não aconteça com outras pessoas. Ela era uma pessoa comunicativa, ativa”, finaliza o filho.

SESAU

A SESAU (Secretaria Municipal de Saúde) informou que a paciente deu entrada na unidade por volta das 8h20, encaminhada pelo Corpo de Bombeiros.

Ainda segundo a assessoria da SESAU, a paciente foi prontamente atendida, realizou os exames e foi medicada.

“A paciente permaneceu estável com pressão arterial controlada, sendo monitorada pela equipe da unidade. Em razão da necessidade de exames complementares e atendimento de um médico especialista (cardiologista) foi solicitada a transferência para uma unidade hospitalar, porém não houve sinalização de disponibilidade de leitos por parte dos hospitais. Por volta de 14h o quadro da paciente evolui e pouco depois ela veio a óbito em razão de uma parada cardiorrespiratória”, diz trecho da nota.

A SESAU reforçou que a paciente recebeu toda a assistência possível na unidade e se solidariza com a perda da família.  A denúncia de suposta negligência no atendimento deverá ser apurada por meio de um processo de sindicância.

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