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Campo Grande

15/06/2019 18:10

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‘Neymar da Penha’? População de Campo Grande apoia lei, mas sem o nome do jogador

Deputados pedem maior punição por denúncias falsas sobre crimes hediondos ou relacionados à dignidade sexual

Cinco projetos de Lei no Brasil pegam carona na polêmica do jogador Neymar Júnior, acusado de agressão, estupro e divulgação de imagens íntimas, e querem mais rigor na punição de quem comunicar crimes do tipo ou demais classificados como hediondos. Em Campo Grande, a população opina a favor da medida, mas rejeita ‘homenagem’ ao jogador, já que os projetos ficaram conhecidos como ‘Neymar da Penha’ – referência à Lei Maria da Penha, contra violência doméstica.

Para a dona de casa Vilma Ferreira, 41 anos, a lei faria pessoas ‘pensarem duas vezes’ antes de culpar alguém que é inocente. “Evitaria golpes, eu acho. No caso do Neymar, no começo acreditei na menina, mas ela foi se enrolando e, se não tem prova, fica complicado. Para mim tinha que ter prisão de pelo menos dois anos para quem mente”, diz. 

'Evitaria golpes', opina Vilma. (Foto: Wesley Ortiz)

O caso do jogador é também pauta fora do Poder Judiciário de São Paulo e, no tribunal das ruas, muitas pessoas consideram a acusação da modelo Najila Trindade como falsa. A opinião é demonstrada em levantamento do instituto Paraná Pesquisas, divulgado na quinta-feira (6), onde 62,8% dos brasileiros consideraram Neymar inocente.

Policial reformado diz já ter visto casos de denúncias falsas. (Foto:Wesley Ortiz)

O policial militar reformado Sanderson Limeira, 39 anos, diz já ter visto diversos casos de falsa comunicação de crimes e concorda com a penalidade maior. “Teve um que a mulher que acusou, acabou sendo processada pela pessoa que denunciou e perdeu, ela tentou extorquir o rapaz, se vingar. Mas sou totalmente contra colocar o nome do Neymar em uma lei dessas, não tem nada a ver”, opina.

A esteticista Claudete Corrêa de Souza (foto da capa), 55 anos, sugere que a punição seja igual a quem de fato comete um crime como estupro. “Mentir sobre alguém, estragar a vida de outra pessoa inocente, é gravíssimo na mesma proporção. Se fosse um filho meu acusado injustamente, eu jamais perdoaria quem denunciou. Claro que tem vítimas reais, mas tem quem só queira se aproveitar”.

Já o operador de caixa Maycon Nunes, 19 anos, acha o tema delicado e prefere saber mais a respeito para opinar. “Eu acho que tem que ser uma coisa justa, porque é errado sim mentir um crime, sujar o nome de outra pessoa. Mas não conheço muito sobre o assunto, não vi explicarem na mídia”, diz.

Jovem gostaria de saber mais para opinar sobre o tema. (Foto: Wesley Ortiz)

Projetos

Até então, cinco projetos sobre o assunto, com algumas diferenças entre si, foram apresentados na Câmara Federal. Cinco deles são de parlamentares do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro. Todos foram protocolados em 6 de junho pelos deputados Enéias Reis (PSL-MG), Heitor Freire (PSL-CE); Celso Sabino (PSDB-PA); e Cabo Junio Amaral (PSL-MG) e Carlos Jordy (PSL-RJ). Em publicação no Twitter, Jordy disse não ter dado o nome ao seu projeto.

O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) também aproveitou do caso para divulgar 1 projeto de sua autoria, apresentado em 26 de março no Senado.

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