De 2012 a 2017, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) desembolsou R$ 86 milhões em auxílio-doença a pessoas vítimas de acidentes de trabalho na Capital de Mato Grosso do Sul. O estudo do Ministério Público do Trabalho levantou ainda que, no mesmo período, 75 trabalhadores foram vítimas fatais deste tipo de ocorrência, somente em Campo Grande.
As classes de trabalho que mais sofrem os acidentes são, na ordem, as atividades de atendimento hospitalar; coleta de resíduos não perigosos; comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios, em hipermercados e supermercados; e abate de animais.
Nos cinco anos observados pelo estudo, foram 18.117 acidentes de trabalho registrados em Campo Grande. Somente em 2017, último período do levantamento, o município registrou 3.105 ocorrências do tipo.
Com 10 casos de morte, 2015 foi o ano mais fatal, seguido de 2014, com oito; e 2013, com sete. O ano de 2017 contabilizou uma morte na Capital, conforme o levantamento.
Contudo, o Programa de Saúde do Trabalhador, criado pelo setor da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, afirma que o número é bem maior, 23 mortes.
No observatório do MPT ainda consta que ferimentos mais comuns são fraturas, cortes, contusões, esmagamentos e torções, nesta ordem. Os motivos de afastamento de trabalho costumam ser fratura do punho e da mão; fratura da perna, incluindo tornozelo e fratura do antebraço.
O setor campeão de afastamentos de trabalho por problemas de saúde é o transporte rodoviário de cargas, seguido do setor hospitalar e do abate de animais. No período total, 36 ocorrências envolveram menores de 18 anos.
MS
Em todo o Estado, o valor pago às vítimas em cinco anos somou R$ 233.182.888,36. O primeiro lugar entre os profissionais mais afetados também é da área hospitalar, mas seguido do abate de animais, fabricação de açúcar bruto e da criação de bovinos.
Em 2017, foram 38 mortes em Mato Grosso do Sul. O pior índice foi registrado em 2014, com 63 mortes, enquanto o menor número foi em 2016, com 32. Os ano com maiores registros de afastamentos do trabalho pelo mesmo motivo foram 2012 e 2013, com mais de 5,5 mil casos cada.
O município de Três Lagoas aparece em segundo lugar no ranking dos municípios com mais acidentes de trabalho, com 4.726 registros e oito mortes nos cinco anos pesquisados. Já o município de Dourados, apesar de estar em 3º lugar com 4.303 casos, registrou 24 mortes.
País
A análise estimou que são gastos R$ 1 a cada dois milésimos de segundo com vítimas de acidentes de trabalho no Brasil. Foram gastos R$66.534.254.002 com benefícios acidentários ativos no período de 2012 a 2017, ainda que anteriormente concedidos.
Somente considerando as novas concessões no período, o valor é de R$26.235.501.489.