No diário oficial do Estado desta sexta-feira (7), o Governo do Estado nomeou 226 aprovados no concurso da Agepen (Agência Estadual Penitenciária). O anúncio já havia sido feito nesta quinta-feira (6), quando o presidente do Sinsap (Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária de MS), André Luiz Santiago, em reunião com o secretário e o secretário- adjunto de Administração e Desburocratização, Carlos Alberto de Assis, e Édio de Souza se reuniram para tratar sobre a convocação dos novos servidores.

Os outros candidatos serão chamados, segundo Assis, de forma escalonada, com prazo até o final do ano. Apesar dos números, o sindicato se posicionou contra, já que o número total é de 419 pessoas que passaram no concurso, fizeram o curso e que teriam saído do emprego crentes que assumiriam o cargo.

“Infelizmente a convocação desses 200 servidores não terá grande impacto no Sistema, pois se considerarmos que serão 140 de custódia, o que totaliza 35 servidores a mais por dia no Estado. Se dividirmos este número da menos que um plantonista e meio por unidade”, contabilizou o presidente do sindicato.

Candidatos estão preocupados com empregos deixados pelo “sonho do concurso

Dos que foram aprovados, ainda restarão 193 que não sabem quando virá a nomeação. “Agora estão sem trabalhar e sem receber salário, como fica o restante?”, pontuou um dos candidatos.

 “O Governo anunciou na mídia que iria incorporar 400 agentes para diminuir a crise no presídio e tudo não passou de propaganda, essas famílias estão sem trabalhar e sem salário. Deixei inúmeras mensagens para o Governador Reinaldo Azambuja, mas ele e sua assessoria seguem sem responder as manifestações feitas por mim e por uma grande parcela de pessoas que estão aguardando a nomeação no concurso da Agepen”, reclamou um dos aprovados.

Entre os questionamentos dos aprovados é porque fizeram o curso e deixaram as pessoas esperançosas se não iam chamar para assumir o cargo. “Porque vocês decidiram que a hora de fazer academia era em dezembro”, e a reclamação vai além.

Uma das aprovadas aponta que isso também foi para usá-los numa época em que a situação estava complicada no sistema penitenciário.  “Fizeram o curso para colocarem essa turma para trabalhar no final do ano, tapando os buracos no sistema penitenciário? Correndo riscos de vida? Por que? Além disso, quando foram solicitadas vagas para o concurso em questão, já havia orçamento para tal. E onde está o dinheiro previsto em orçamento para o aumento do efetivo?”, continua questionando indignada.

Um movimento foi criado nas redes sociais enviando as mesmas perguntas porém, eles se sentem ignorados. “Só respondem aos elogios”, frisam.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa do Governo do Estado na última quarta-feira (5), porém até o fechamento desta matéria não havia resposta.