Grávida de cinco meses, Luciana Sentene, 38 anos, está esperando gêmeas siamesas que dividem o mesmo coração em Rio Verde de Mato Grosso, cidade distante 210 quilômetros de Campo Grande.
A notícia veio durante o pré-natal, assustada Luciana sabe que é um caso raro e requer atenção, dedicação e condição financeira no pós-cirúrgico. “É um caso raro, principalmente na parte cardíaca, que é vital para a sobrevivência”, lamenta.
A balconista Luciana já é mãe de um adolescente de 13 anos e uma menina de 6 anos. Segundo entrevista concedida à Crítica e ao site Rio Verde News, o novo parto deverá ser feito com 32 semanas.
Ainda não se sabe como será o procedimento com as bebês, já que será necessário avaliar a anatomia das gêmeas para entender se é possível a separação.
“Abordei o assunto com cautela ao falar com meu filho mais velho, explicando a situação de forma adequada. No entanto, optei por não entrar em detalhes com minha filha mais nova. Por ser ainda muito pequena, acredito que não seja benéfico expor ela a uma situação tão complexa, que ela provavelmente não entenderia de forma tão fácil”, explica.
Custos
A família está organizando uma vaquinha virtual e um almoço beneficente em Rio Verde para arrecadar fundos necessários. Segundo Luciana, os custos, especialmente os pós-cirúrgicos, serão altos. "Meu marido e eu trabalhamos, mas nossos rendimentos são limitados. Os gastos pós-cirúrgicos serão significativos. Estamos ampliando o alcance do nosso pedido de ajuda, pois vamos precisar de suporte", finaliza.
Para quem quiser ajudar Luciana, a chave PIX é: 021.009.731-00 (CPF), em nome de Luciana Maria da Silva Sentene.
Casos raros
Nascimento de gêmeos siameses são raros, ao todo, nos últimos 11 anos, 500 nascimentos ocorreram no Brasil. Especialistas falam que a cada 100 mil nascimentos, um envolve bebês que compartilham partes do corpo, como coração ou cérebro. Assim, há várias possibilidades de união, dependendo do momento e da maneira como ocorre a divisão embrionária.