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Campo Grande

16/05/2024 08:06

Resistência a patrulhamento termina em pancadaria com a polícia em conveniência no Estrela Dalva

Dono do estabelecimento resistiu às ordens policiais e clientes entraram em confronto com os militares

Dois homens foram presos após supostamente desrespeitarem uma ordem policial, na madrugada desta quinta-feira (16), em uma conveniência no bairro Estrela Dalva, em Campo Grande. A resistência e desobediência, diz a PM, resultaram em um confronto entre os policiais e as pessoas presentes.

Segundo o boletim de ocorrência, a equipe de Força Tática da PM realizava patrulhamento pelo bairro quando abordou vários homens em uma conveniência. No local, havia uma grande aglomeração de pessoas consumindo bebidas alcoólicas e maconha, com um cheiro muito forte.

Durante a abordagem, um dos homens teria empurrado a equipe, tentando impedir a ação. Devido à resistência, os policiais ordenaram que ele saísse do local e apresentasse os alvarás necessários para o funcionamento do comércio no horário estabelecido. No entanto, conforme o BO, ele não acatou a ordem.

Nesse momento, as outras pessoas presentes teriam jogado cadeiras contra os policiais. Os militares tentaram conter alguns agressores, mas um deles partiu para cima da equipe com socos e pontapés, segue a denúncia.

Para se defender, os policiais afirmam que usaram técnicas de imobilização contra o agressor, que continuou agitado, se machucando no processo. Ele sofreu uma lesão no nariz e um corte no supercílio.

Devido às lesões, foi solicitado apoio do Corpo de Bombeiros para atender o agressor. Uma viatura compareceu ao local, mas o homem recusou o suporte médico.

Foi necessário o uso de spray de pimenta para dispersar o restante das pessoas presentes, aponta a PM. A equipe também solicitou o apoio de diversas viaturas para controlar a situação.

Em seguida, foi dada voz de prisão ao agressor e ao dono do estabelecimento por desrespeitarem a ordem legal. Segundo o registro, o proprietário da conveniência não apresentou qualquer alvará ou documentação relacionada ao comércio.

Ambos foram encaminhados para a Depac-Cepol (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), onde o caso foi registrado.

Outro lado

Após o incidente, os proprietários do estabelecimento procuraram a Corregedoria da Polícia Militar. Declararam que, no dia 16 de maio, por volta de meia-noite, estavam no estabelecimento quando uma viatura abordou alguns rapazes no canteiro em frente à conveniência.

Afirmam que não estavam sentados com os abordados e que os policiais mandaram que entrassem no estabelecimento dizendo: "fecha essa bosta".

Os comerciantes alegam que entraram e não puderam recolher as cadeiras e mesas imediatamente, recebendo autorização para isso só um tempo depois.

Quando um dos proprietários saiu para buscar as cadeiras, os policiais começaram a jogar e quebrar os bens da conveniência, segundo a defesa. Ele começou a filmar e diz que foi agredido por um policial física e verbalmente.

Em seguida, mais dois policiais também teriam agredido o proprietário, que afirma ter sido jogado no chão.

Um dos policiais supostamente pegou o celular da vítima, que pediu o aparelho de volta. Nesse momento, alega ter apanhado novamente, inclusive com "spray de pimenta".

Relata que se levantou com o nariz sangrando e rosto ardendo, e foi até o banheiro lavar o rosto. Um policial o teria seguido até o banheiro e continuado a pancadaria, inclusive com um pedaço de pau, diz.

O proprietário afirma que foi arrastado até a viatura e, quando o outro proprietário e irmão da vítima foi ajudá-lo, um policial “careca” ordenou que saísse de perto.

Nesse momento, continua a denúncia, ele foi fazer uma ligação quando sentiu um tapa na nuca. Em seguida, um policial pegou o celular, jogou no chão e lançou spray de pimenta no irmão da vítima.

O policial também teria apontado uma arma para o proprietário e o mandado entrar na viatura.

O irmão da vítima afirma que os policiais quebraram seu celular, bebidas, grade do freezer, cadeiras, porta do banheiro e rodo. Também não deixaram que ambos guardassem os objetos da conveniência, que ficaram do lado de fora e foram furtados enquanto eles eram encaminhados para a delegacia.

Afirmam que ficaram bastante tempo dentro da viatura, parados, com os policiais ameaçando-os e fazendo insultos racistas.

Ainda no local, teriam chegado cinco viaturas e uma ambulância, que não atendeu o proprietário, que estava com o nariz sangrando muito, afirmam.

No momento da ocorrência, havia vários clientes na conveniência, relatam, incluindo uma mulher que também teria sido agredida.

Por fim, afirmaram que o proprietário terá que fazer uma cirurgia no nariz após as agressões.

* Matéria atualizada com correção e acréscimo de informações sobre a versão dos investigados às 14h42 de 22 de maio.

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