Prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), reagiu com irritação a medida anunciada pelos médicos, que prometeram demissão em massa caso o município ponha em prática a ideia do cartão de ponto para a categoria.
“Não há nada de mais na instalação do cartão de ponto. [recusá-lo] É uma confissão expressa de que não estão cumprindo [expediente]”, disse Marquinhos, na manhã desta quinta-feira (16), em evento promocional, em frente à prefeitura.
“Agora, não sei o que fazer se os médicos pedirem demissão em massa. Se eu não por o cartão posso responder ação por improbidade administrativa; se por, os médicos se demitem”, queixou–se o prefeito que disse ter buscado ajuda no Judiciário e MPE (Ministério Público Estadual).
Marquinhos contou que, semana que vem, o assunto será tratado entre ele, o MPE e o Judiciário. Já o sindicato dos médicos discute a ameaça de demissão em reunião na noite de hoje.
Também nesta quinta-feira, o promotor Adriano Lobo Viana de Resende, da 29ª Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social de Campo Grande, instaurou inquérito para apurar prejuízo ao patrimônio público e improbidade administrativa “decorrente da conduta de danificar equipamentos de ponto eletrônico biométrico de controle de frequência que foram/estão sendo instalados nas Unidades de Saúde da cidade”.
Três desses equipamentos já foram danificados: no Centro de Especialidades Médicas, UPA Coronel Antonino e UPA Leblon.