Os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul continuam enfrentando níveis abaixo do esperado nos rios da Bacia do Rio Paraguai, no Pantanal, conforme aponta o 7º Boletim de Monitoramento Hidrológico elaborado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB). Apesar das chuvas registradas na última semana, que totalizaram em média 33 milímetros na bacia, as cotas dos rios permanecem abaixo da mediana na maioria das estações.

Em Barra dos Bugres, no Mato Grosso, por exemplo, o nível do rio diminuiu significativamente nos últimos dias, atingindo apenas 95 cm, enquanto a média histórica para essa época do ano é de 3,69 m. Já em Cáceres, houve um aumento devido às chuvas, mas o nível observado continua abaixo do esperado, registrando 2,14 m em comparação com a média de 4,32 m. Em Cuiabá, o rio também apresentou redução, alcançando 1,58 m, enquanto a média histórica é de 3,94 m.

No estado de Mato Grosso do Sul, a situação é semelhante. Em Ladário, a cota observada foi de 70 cm, bem abaixo da média de 2 m. Em Miranda, apesar do aumento de 36 cm nos últimos dias, o nível ainda está abaixo da média, registrando 1,99 m em comparação com os 4,63 m esperados. Em Forte Coimbra, em Corumbá, houve um aumento devido às chuvas, porém o nível permanece abaixo do esperado, marcando -42 cm, enquanto a média é de 1,58 m.

As projeções indicam que nas próximas duas semanas são esperados acumulados de chuva em torno de 47 mm, com o pico previsto para o dia 21 de fevereiro. Espera-se que essas chuvas causem aumentos graduais nos níveis dos rios em algumas localidades, como Ladário, Forte Coimbra e Porto Murtinho. Embora exista uma pequena possibilidade de elevações mais expressivas nos rios Alto Paraguai e Cuiabá devido às chuvas mais intensas, é provável ocorrerem elevações moderadas.