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Cidades

MS ainda ajusta sistema e não tem data para aderir à Placa Mercosul; prazo é 1º de dezembro

Somente veículos novos ou que forem transferidos de propriedade ou endereço precisarão aderir

14 setembro 2018 - 17h00Por Thiago de Souza

O Departamento de Trânsito de Mato Grosso do Sul ajusta seus sistemas para aderir à Placa Mercosul, que é um padrão de placas de veículos que é adotado também na Argentina e Uruguai e será no Paraguai e Venezuela. Por isso, o órgão não definiu a data exata para a migração, mas informa que será aplicado dentro do prazo máximo previsto, em 1º de dezembro deste ano.

No Brasil, até o momento, somente o Rio de Janeiro já fez a adoção oficial desse modelo único de identificação dos automóveis. Nos países membros do Mercosul, Argentina e Uruguai já promoveram a troca gradativa dos elementos identificadores.  

Segundo o Detran, Mato Grosso do Sul tem uma frota de 1.480.282 veículos, sendo 550.430 apenas de Campo Grande. A troca só será obrigatória para veículos novos, quem fizer transferência de propriedade, endereço ou alterar categoria.

Quem já tem carro em circulação não terá obrigação de fazer, mas pode mudar por conta própria. A exceção é se trocar de dono, categoria ou endereço.  

O custo do emplacamento é do proprietário, assim como no sistema atual. O Detran-MS não divulgou quanto será o valor, mas no Rio de Janeiro o preço ficou o mesmo da placa antiga, que é de R$ 219,35.

O que é

Ao contrário da atual, que tem fundo cinza e sete caracteres (sendo três letras e quatro números), a nova placa terá fundo branco, com uma tarja azul horizontal superior. O novo modelo fica com quatro letras e três números, dispostos de forma a não formar palavras, com a diferença no Brasil de que um dos números sempre ficará no final por conta de sistemas de rodízio e calendário de licenciamento.

A diferenciação do tipo de veículo hoje é feita por meio da pintura total do fundo da placa e dos caracteres, como a vermelha com letras e números brancos, usadas para designar transporte de passageiros em táxis, vans e caminhões.

No modelo Mercosul, a diferenciação será assim:

  • caracteres pretos para veículo particular;
  • caracteres cinza para carros antigos de coleção;
  • caracteres para carros comerciais ou de aprendizagem;
  • caracteres amarelos para veículos diplomáticos ou consular;
  • caracteres verdes para veículos especiais, como protótipos de testes;
  • caracteres azuis para veículos de órgãos oficiais. 

Ao contrário dos demais países signatários do Mercosul, o Brasil vai adotar a sequência três letras, um número e letra e dois números para carros. Por exemplo QAL 2K 43. Para motos a sequência será  três letras, dois números e letra e número. Exemplo: BRA 20 E4.

Modelo de placa a ser usado para motos. (Foto: Reprodução Grid Motors)

Inovações

A nova placa tem inovações tecnológicas como o QR Code, uma espécie de código de barras bidimensional. Também traz uma tira holográfica e marca d'água para dificultar falsificações e clonagens e um chip para armazenar e compartilhar dados referentes a roubos, furtos e evasões de divisas entre órgãos de segurança.

O novo modelo aumenta a quantidade de combinações, passando de 175 milhões de possibilidades para 450 milhões de possibilidades.

Diferença

O modelo a ser seguido no Brasil terá uma diferença: trará a bandeira do estado e o brasão do município onde foi licenciado. As medidas são 40 centímetros de comprimento e 13 centímetros de altura. Para motos, a medida é 20 por 17 centímetros.