Enquanto municípios de todo o país e o próprio Governo Federal correm contra o tempo para adquirir seringas e agulhas para a vacina da covid-19, a Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul garante que está preparada para que não haja falta de insumos.
“Mato Groso do Sul possui em estoque a quantidade necessária de seringas e agulhas. Possuímos em todo o Estado 2.505.021 seringas, com um processo em andamento para aquisição de mais 5.000.000 de agulhas e seringas”, afirmou em nota.
Imposto zerado
Prevendo a dificuldade de encomendar os insumos, o Comitê-Executivo da Câmara de Comércio Exterior (Camex) também decidiu zerar o imposto de importação desses itens até 30 de junho.
Até agora, esses produtos pagavam 16% de alíquota para entrar no país. A Camex também suspendeu, até o fim de junho, uma sobretaxa aplicada para as seringas descartáveis importadas da China.
Conforme Agência Brasil, desde 2009, o Brasil aplica uma medida antidumping - punição autorizada pelas normas internacionais quando um país julga haver concorrência desleal à indústria nacional - às seringas descartáveis chinesas. Desde 2015, a sobretaxa estava fixada em US$ 4,55 a cada quilograma de mercadoria importada.
Plano de vacinação
Conforme adiantado pelo TopMídiaNews, o Governo de Mato Grosso do Sul pretende lançar o plano estadual de vacinação contra a covid-19, com ou sem o planejamento e apoio do Governo federal, no dia 20 de janeiro.
A informação foi confirmada pelo secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende e reforçada durante a live desta quarta-feira (6).
Segundo ele, apesar do mar de incertezas e especulações diárias, Estado está se organizando e se planejando para acabar com a angústia da população.
“Tudo que está sendo possível fazer, planejamento para que temos um modelo de imunização no Estado, estamos fazendo”, pontuou. A ideia, segundo ele, é disponibilizar a vacina para todas as unidades públicas de saúde.
Até o momento, MS conta com a aquisição de aproximadamente 1,7 milhões de doses da Coronavac, já solicitadas ao instituto Butantã, o que seria suficiente para imunizar 850 mil dos 2,6 milhões de habitantes do Estado.
Inclusive, o TopMídiaNews apurou que o Estado pretende usar o dispositivo, já contido em Lei federal, que permite usar vacinas já registradas em um dos seguintes órgãos internacionais equivalentes à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária): Estados Unidos, China, Europa e Japão.
Além disso, há a possibilidade de adquirir mais doses através do Consórcio do Conass (Conselho Nacional dos Secretários de Saúde), que vai fazer uma compra coletiva para os Estados devido à ausência de ação do Governo federal.
