O secretário municipal de Planejamento, Finanças e Controle, Pedro Pedrossian Neto, afirmou, nesta segunda-feira (17), que os contribuintes devem R$ 2,6 milhões em impostos para a prefeitura de Campo Grande. O valor inclui dívidas com IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), ISS (Imposto Sobre Serviços), ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis), entre outros.

Participando do sorteio do programa “IPTU que Dá Prêmios”, realizado na Central de Atendimento ao Cidadão, Pedrossian anunciou que a prefeitura estuda contratar uma empresa terceirizada para realizar a cobrança desses pagamentos atrasados. Segundo ele, somente com o IPTU, o campo-grandense deve cerca de R$ 800 milhões para o município.

O estudo ainda está em andamento, mas a empresa teria que montar um call center em Campo Grande, ficando responsável pela emissão de boletos e cobranças por mensagens de voz. Hoje, conforme Pedrossian, 550 mil pessoas possuem CDAs (Certificados da Dívida Ativa), que é um documento expedido após o contribuinte ficar devendo durante um ano e ser incluído no cadastro da dívida ativa da prefeitura.

A prefeitura também pretende trabalhar em parceria com os institutos de protesto como os cartórios do 2º e 3º ofício. Para a regularização da dívida, o município oferece desconto de 75% sobre os juros e parcelamento em 12, 24 ou 48 vezes. Quem deve mais de R$ 100 mil pode parcelar em até 96 vezes. “É o máximo que podemos fazer”, pontua Pedrossian.

A terceirização do serviço não é inédita. Nas gestões anteriores, o serviço era realizado pela RDM Recuperação de Crédito Ltda, que foi alvo de investigação na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Calote durante a administração de Alcides Bernal (PP). Na época, a empresa entrou em guerra com o Poder Executivo e ingressou com ação judicial para cobrar R$ 4,7 milhões da prefeitura.