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Economia

09/06/2019 09:30

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Com Minha Casa Minha Vida em discussão, construção civil acumula demissões em MS

Bolsonaro vai mudar as regras de acesso ao crédito; setor está enfraquecido, com vendas em queda

O ajuste no Programa Minha Casa Minha Vida proposto pela gestão do presidente Jair Bolsonaro (PSL), que visa reduzir a margem para quem pretende adquirir um imóvel, preocupa o setor da construção civil em Campo Grande. Apesar do setor privado manter um ritmo bom na construção, as obras com recursos de financiamento público estão paradas e ampliando as demissões no setor.  

O presidente do Sintracom (Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção e do Mobiliário de Campo Grande/MS), José Abelha Neto, disse ao TopMídiaNews que o setor passa por problemas e vem acumulando índices de desemprego com recorrentes demissões. "Há pelo menos três a quatro meses, o setor não recebe investimentos e isto tem provocado demissões. Com a reforma trabalhista aprovada dizia que iria gerar mais empregos, mas só aumentou [o desemprego]".

Ele afirma que a classe mais baixa encontra dificuldades para adquirir um imóvel. "Hoje a renda para conseguir um imóvel da Minha Casa Minha Vida tem que ser, em média, R$ 1,6 mil a R$ 1,7 mil. Falando pela nossa categoria, hoje, um trabalhador nosso ganha em média R$ 1,2 mil. Ou seja, o financiamento para ele estaria prejudicado".

Abelha ainda informa que o termômetro da economia é justamente constatado pelo setor da construção civil. "A construção civil é a que gera mais emprego e movimenta a economia. Com ela, movimenta a indústria, o comércio, toda uma cadeia produtiva. E, sem esses investimentos, a economia fica retraída".

Único setor dentro da construção que segue firme é o da iniciativa privada. "Ele consegue dar continuidade porque eles têm recursos próprios. Mas, mesmo assim, essa dificuldade de financiamento, quem vai conseguir comprar imóvel ou até mesmo quem vai querer construir se não terá comprador? Ninguém vai querer ficar com imóvel parado", afirma Abelha.

A proposta anunciada pelo Governo Federal prevê reduzir a faixa de financiamento no programa Minha Casa Minha Vida. A ideia é restringir o benefício e permitir o financiamento até a faixa de sete salários mínimos - R$ 6.986. Atualmente, com quatro faixas, podem adquirir um imóvel pelo programa quem ganha até R$ 9 mil. Essas pessoas deixariam de ter acesso a taxa de juros menores que as praticadas em financiamentos com recursos da poupança, o chamado SBPE, e pelo mercado imobiliário.

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