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Economia

11/09/2020 15:00

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Depois dos alimentos e gasolina, aluguel e produtos de limpeza encarecem vida do campo-grandense

Índice mostra também que despesas com educação diminuíram, mas internet e outros itens ficaram mais caros

Depois do transporte e dos alimentos, os gastos com habitação (0,32%), artigos de residência (0,84%) e comunicação (1,44%) tiveram alta, prejudicando o bolso do campo-grandense. No lado contrário da balança, tiveram queda no preço os serviços de educação (- 6,54%) e despesas pessoais (-0,78%).

É o que mostra levantamento do IBGE. Segundo ele, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de agosto subiu 1,04%, 0,31 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa registrada em julho (0,73%). Esse é o maior resultado para um mês de agosto para a Capital desde o início da série histórica da pesquisa, em janeiro de 2014. No ano, o indicador acumula alta de 2,13%. No Brasil, o IPCA foi de 0,24%.

Na questão habitação, o aluguel residencial (0,38%) foi o maior vilão, seguido pelos combustíveis domésticos (1,84%). Dentre os materiais de construção, vale destacar o aumento do cimento (3,22%), que já haviam subido em junho e julho, e a queda do material hidráulico (- 3,53%).

A energia elétrica residencial, que em julho teve alta de 3,12%, apresentou queda de 0,06%. No dia 26 de maio, a ANEEL anunciou a manutenção da bandeira verde, em que não há cobrança adicional na conta de luz, até dezembro deste ano, segundo destacou o IBGE.

Entre os artigos de limpeza, pode ser destacado o aumento do detergente (2,88%) e sabão em pó (1,62%). As maiores quedas pertencem a água sanitária (-3,02%) e amaciante e alvejante (-2,16%). Já os preços dos artigos de residência (0,84%) subiram pelo quarto mês seguido. A maior alta se deu na máquina de lavar roupa (3,85%), mas a televisão (2,86%) não ficou muito atrás.

Por outro lado, os itens de mobiliário (-1,15%) mais uma vez apresentaram queda. O grupo vestuário (0,61%) também teve variação positiva em agosto, menos intensa que a registrada em julho. Houve quedas nos preços da calça comprida infantil (-3,02%) e joias e bijuterias (-2,91%). Os maiores aumentos, por outro lado, se deram com os subitens sandália/chinelo (2,67%), calça comprida feminina (2,52%) e bermuda/short feminino (2,46%).

Preços na área de saúde

Com a pandemia do novo coronavírus, itens de saúde e cuidados pessoais tiveram uma variação mensal de 0,37%, com leve queda em relação ao mês anterior. Ainda assim, anti-infecciosos e antibióticos (2,22%) e óculos de grau (4,43%) subiram os preços. Na contramão obtemos os anti-inflamatórios e antirreumáticos com -2,77% e os hipotensores e hipocolesterolêmicos -2,84%.

Dentro de cuidados pessoais, conforme o levantamento, foi obtido alta no produto para cabelo e desodorante, 1,88% e 2,16% respectivamente. A queda mais relevante pertenceu ao sabonete (-2,80%).

Educação

Como esperado, a suspensão das aulas presenciais pressionou a redução nos gastos com o setor em 8,78%. A maior queda foi observada no ensino médio (-10,02%), seguida pelos cursos de ensino superior (-9,17%), pela pré-escola (-9,16%) e pelas creches (-8,79%).

Por outro lado, as despesas com comunicação subiram em 1,44%. O destaque ficou com o acesso à internet (12,18%). A alta deve-se ao reajuste no valor cobrado pela prestação de serviços de banda larga em uma das empresas pesquisadas.

Os dados são do INPC (Índice Nacional dos Preços), calculado pelo IBGE desde 1979. Ele se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

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