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Economia

‘Inflação do aluguel’ acelera e fica em 0,20% em setembro, diz FGV

IGP-M acumulado em 12 meses é de 10,66%; no ano taxa está em 6,46%

29 setembro 2016 - 09h10Por O Globo

O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), considerado a inflação do aluguel, ficou em 0,20% em setembro. A taxa acelerou ante o 0,15% registrado em agosto. O Bradesco esperava um resultado de 0,22%. Em igual mês do ano passado, a taxa foi de 0,95%. Em doze meses, a alta é de 10,66%. No ano, a variação acumulada é de 6,46%.

O índice da Fundação Getulio Vargas (FGV) é o mais usado nos reajustes de contratos de aluguel no país. O resultado mostra um avanço nos preços no atacado se sobrepondo à desaceleração dos preços ao consumidor. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral passou de leve alta de 0,04% em agosto para 0,18% em setembro. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com peso de 30% na taxa geral, recuou de 0,40% para 0,16%. Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou para cima, passando de 0,26% para 0,37%.

Dentro do IPA, o índice relativo a bens finais registrou variação negativa de 0,25% em setembro ante 0,15% no mês anterior, graças ao recuo do subgrupo alimentos in natura, que passou de -0,54% para -6,36%. Com a exclusão dos subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, o índice variou 0,53%, acima do 0,22% de agosto.

Ainda no IPA, o grupo bens intermediários ficou em -0,33%. Em agosto a taxa ficou negativa en 0,36%. O subgrupo materiais e componentes para a manufatura passou de -0,76% para -0,50%. Sem incluir combustíveis e lubrificantes para a produção, a variação foi de -0,28% ante -0,50% em agosto.

No estágio inicial da produção, o grupo matérias-primas brutas registrou alta de 1,27%, acelerando com força ante o 0,34% de agosto. Os itens que mais contribuíram para esse resultado foram soja (-8,51% para -0,02%), minério de ferro (3,21% para 8,56%) e aipim (6,01% para 8,95%). Já os itens que puxaram a taxa para baixo foram milho em grão (5,27% para -6,43%), leite in natura (8,64% para 1,98%) e arroz em casca (7,05% para 0,05%).

ALIMENTOS E GASOLINA EM BAIXA

Seis das oito classes de despesa do IPC registraram recuo em setembro. A principal contribuição foi de alimentação, que passou de 0,66% para 0,09%, com destaque para laticínios, item que pisou com força no freio, passando de alta de 6,46% para deflação de 1,39%.

Houve recuo de preços também nos grupos transportes (0,27% para -0,12%); saúde e cuidados pessoais (0,76% para 0,40%); educação, leitura e recreação (0,83% para 0,56%); comunicação (0,39% para 0,02%); e despesas diversas (0,10% para -0,27%). Os destaques de cada uma dessas classes foram, respectivamente, gasolina (0,16% para -1,13%), artigos de higiene e cuidado pessoal (1,98% para -0,14%), show musical (9,29% para 3,43%), tarifa de telefone móvel (1,46% para -0,01%)e correio e telefone público (1,65% para 0,18%).

Por outra parte, houve alta em habitação (0,01% para 0,24%) e vestuário (0,07% para 0,20%), com destaque para tarifa de eletricidade residencial (-1,50% para -0,07%) e roupas femininas (-0,50% para 0,44%).

Dentro do INCC, o índice relativo a materiais, equipamentos e serviços subiu 0,37%, acelerando ante o 0,26% de agosto. A taxa que representa o custo da mão de obra também ficou em 0,55%, acelerando ante o 0,26% registrado no mês anterior.

O IGP-M é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência e é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de energia elétrica e aluguel de imóveis.