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há 7 anos

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Sistemas modernos de coleta de lixo expõem má qualidade do serviço na Capital

Só 3% do lixo vão para triagem em Campo Grande e unidade opera abaixo da capacidade

Enquanto Campo Grande realiza de forma muito tímida a coleta seletiva de lixo, levando para triagem apenas 3% do lixo produzido, a cidade de Salvador (BA) dá um grande passo na questão, com a implantação de contêineres subterrâneos em alguns dos principais pontos da cidade. Com um sistema moderno, a cidade baiana expõe as mazelas do serviço prestado em Mato Grosso do Sul. 

O novo sistema, que está em fase de implantação na Bahia, visa a redução de custos e ajuda na preservação do meio ambiente. No modelo, o lixo é jogado dentro de um coletor aparentemente normal, porém, que não tem fundo, e o resíduo cai em contêineres que ficam enterrados abaixo dele.

Cada estrutura tem capacidade para receber até 900 quilos de lixo e, apesar do custo alto de investimento, futuramente vai reduzir gastos, principalmente com o transporte dos materiais, que na forma tradicional demanda várias viagens de caminhão até o aterro.  Agora, garante a empresa de coleta, só vai precisar retirar o lixo quando atingir a capacidade do contêiner. O destaque é que, em cada uma das caixas tem um dispositivo que dispara na empresa quando tiver chegado a 80% da capacidade e aí o caminhão faz a retirada. 

(Contêiner recebe até 900 quilos de lixo em Salvador - Foto: Correio 24 Horas)

Quando o caminhão chega para fazer a coleta, um dos garis usa um controle remoto para acessar os espaços subterrâneos.  Daí, o chão abre  e o caminhão, adaptado com uma grua, puxa o contêiner e despeja o conteúdo na caçamba. Depois, coloca a caixa no lugar e a tampa – no caso, a calçada – é fechada. 

Outros benefícios desse sistema, é que os coletores isolam o lixo, evitando o mau cheiro e a presença dos animais, além da questão estética, pois o piso é feito com o mesmo material do resto da calçada. 

A estimativa é que esse método de coleta eleve o recebimento de materiais destinados a  reciclagem, gerando mais oportunidades para as 19 cooperativas de catadores na capital baiana. Em Campo Grande, na UTR (Unidade de Triagem de Resíduos) que fica na saída para Sidrolândia, atuam somente três cooperativas e uma associação. O local, que fica nas dependências da Solurb, tem capacidade para 414 trabalhadores, mas recebe apenas 100 cooperados.   

Ainda em Campo Grande, dos 3% que chegam a unidade de triagem, 50% é rejeito, ou seja, somente 1,5% do lixo de Campo Grande segue para as empresas recicladoras. 

A Prefeitura de Campo Grande diz que o PCS (Plano de Coleta Seletiva) está em pleno processo de construção para os próximos 20 anos, e que deve ficar pronto na ocasião do I Conferência de Resíduos Sólidos/Plano de Coleta Seletiva em 4 de março de 2017, que será feito, segundo o poder executivo, com ampla participação da sociedade civil. 

(Montante espera para ser separado e ir para a reciclagem na Capital - Foto: Thiago de Souza)

Modernidade

Sobre a coleta seletiva de lixo em Salvador, há ao menos 50 pontos de coleta espalhados pela capital baiana, que conta inclusive com um aplicativo de celular com informações detalhadas sobre esses pontos de coleta. 

No Brasil, cidades como Fortaleza, São Paulo e Paulínia, no interior paulista, já implantaram os coletores. Em Paulínia, pioneira no país, os equipamentos já estão em 20 pontos da cidade. 

Na capital cearense, há os chamados ''bigtaineres'', que comportam 10 toneladas de lixo. São três nas principais praças têm funcionado muito bem, pois evita o acúmulo de lixo e desafoga o trânsito, porque reduz viagens, diz a prefeitura.  

Em Uberlândia (MG), caixas gigantes de lixo, semelhante a contêineres, são disponibilizadas em vias públicas para que o público não deixe sacolas expostas no chão, lixeiras ou ao lado de árvores. Assim uma grande quantidade de lixo é recolhida de uma vez só. 

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