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Retrospectiva 2020

29/12/2020 17:00

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Esse ano, nuvem de gafanhoto assustou MS e por sorte não chegou até aqui

Muitos falaram em praga bíblica e os insetos destruíram plantações no Paraguai e Argentina

Entre fatos que marcaram Mato Grosso do Sul em 2020 está o susto que a população do estado sentiu ao saber da ‘praga bíblica’ que estava a caminho do Brasil. A nuvem de gafanhotos destruiu plantações do Uruguai, Argentina e Paraguai no meio do ano e, em novembro, houve alerta de chegada ao Brasil.

A primeira ocorrência com os insetos foi entre os meses de maio e junho, e o Ministério da Agricultura e Pecuária chegou a publicar uma portaria declarando estado de emergência fitossanitária nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina no dia 25 de junho. O Mapa indicou a implementação do plano de supressão da praga Schistocerca cancellata (gafanhotos) nas áreas produtoras e adoção de medidas emergenciais. 

Produtores sul-mato-grossenses ficaram desconfiados sobre a possibilidade de chegar ao estado devido à fronteira com o Paraguai. 

Agora, ao fim do ano, o Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar (Senasa) da Argentina alertou novamente autoridades brasileiras sobre o risco de chegada da nuvem na região do Rio Grande do Sul. A diferença é que a nuvem é espécie de gafonhoto é Chromacris specios. A que veio no meio do ano era da espécie Schistocerca cancelatta.

Os Chromacris são conhecidos no Brasil como gafanhotos-soldado e pertencem ao gênero Zoniopoda, que não costuma realizar grandes voos. 

Praga

A Senasa, agência do governo argentino, disse que a praga entrou na Argentina em 21 de maio, mas logo retornou ao Paraguai e permaneceu no país por uma semana antes de voltar ao território argentino.

Os insetos não afetam a saúde humana ou de animais, porque se alimentam apenas de material vegetal e não são vetores de nenhum tipo de doença.

No entanto, os gafanhotos podem afetar a atividade agrícola, e, indiretamente, a pecuária, porque os insetos se alimentam de recursos usados nesta atividade. Eles também causam danos à vegetação nativa.

Milagre?

No dia 26 de junho, o superintendente do Ministério da Agricultura em Mato Grosso do Sul, Celso de Souza Martins, aliviou a população e disse que era praticamente zero a chance da nuvem chegar no Estado. Ele afirmou que muitos campo-grandenses entraram em contato com o governo do Estado, alegando que estão encontrando gafanhotos na cidade, mas isso é normal.

A nuvem de gafanhotos que poderia chegar ao Brasil em junho mudou de rota e seguiu rumo ao Uruguai. Ainda assim foi criado um Comitê de Monitoramento no estado para acompanhar o trajeto dos insetos e ficar em alerta caso a nuvem faça novos desvios.

 “As pessoas se assustam por encontrar essa espécie, mas é normal, no Brasil temos essa espécie de inseto. A nuvem em movimentação migra em direção ao Uruguai. Foi criado esse comitê de monitoramento para acompanhar. Ele é formado técnicos da Superintendência de MS, do governo do Estado por meio da Semagro e Iagro. Ele estabelece medidas de monitoramento e fica em alerta, caso encontre alguma possibilidade dessa nuvem chegar aqui”, disse Celso.

 “A população pode ficar em paz, existe um setor cuidando disso já, mas praticamente não tem chance deles chegarem aqui” tranquilizou. 

A nuvem, de fato, não chegou ao país no primeiro semestre e não deve chegar até o fim de 2020. 

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