Comunicado enviado à redação do TopMídiaNews revela que em recente reunião para debater o fechamento do curso de Turismo, no campus de Aquidauana da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do  Sul), professores foram “agredidos, caluniados, injuriados e difamados”. Até o fechamento deste material, a chefia da instituição ainda não tinha se manifestado. O professor que teria sido agredido não autorizou a publicação de seu nome.

“A confusão começou porque um dos professores agredidos defendeu a pró-reitoria de graduação que havia apresentado na reunião do Conselho de Graduação um estudo que comprova o ranking dos cursos da UFMS com baixa taxa de sucesso, alta taxa de evasão e alta taxa de retenção”, diz trecho do comunicado.

“O professor agredido pediu atenção e calma aos colegas pelo fato de que o Jornal O Globo recentemente noticiou que somente no ano passado mais de 90.000 mil vagas ficaram ociosas nas Universidades Federais e que a sociedade civil cobrava pelo desperdício dos recursos públicos, a qual neste sentido a gestão da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul está viabilizando o melhor dos seus esforços para manter, suspender e dar uma parada para repensar a estrutura e funcionamento de seus cursos visando atender as demandas da sociedade”, segue a nota divulgada por alguém que participou da confusa reunião no campus de Aquidauana.

A partir deste momento, um dos professores da instituição que não havia sido convidado para reunião do colegiado do Curso de Turismo, diz a nota, “agrediu, difamou, injuriou e caluniou um dos professores dizendo que este nunca fez nenhum trabalho pelo curso, que nunca fez nenhum tipo de ação para motivar os acadêmicos a permanecerem no curso e tudo mais. Em seguida (em voz alta) se dirigiu também a uma professora e apontou os dedos em riste para os dois professores acusando os mesmo de estarem armando para 'fechar o curso'".

E segue a confusão: “a partir daí duas professoras defenderam os professores informando que inclusive o professor agredido não teve voto no colegiado para suspender o curso e que a decisão de suspensão foi uma decisão coletiva do colegiado onde o professor agressor não estava presente. A confusão se formou e um dos professores da reunião sem ser convidado agrediu uma professora com palavras agressivas e de baixo tom a qual coincidiu que esta solicitou o desligamento da coordenação do Curso de Turismo do Campus de Aquidauana”.

O comunicado faz ainda um alerta: “as agressões de professores contra professores dentro das Universidades Federais têm levado a um número cada vez maior de afastamento docente das salas de aulas impactando na qualidade do ensino”.

E, pelo escrito no comunicado, a confusão entre os professores tem sido censurada propositalmente: “a situação ainda é mais preocupante porque segundo um professor que não quer ser identificado (por medo de retaliação) existe um complô para que o ocorrido não seja registrado em ATA (registro da reunião)”.