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Jacaré revela que chorava no camarim por Carla Perez ser a única a ter destaque na imprensa

O É o Tchan era um grupo de quatro pessoas negras inicialmente e o ex-dançarino disse que se sentia frustrado pelo comportamento das equipes de TV

25 novembro 2020 - 11h46Por Rayani Santa Cruz

Jacaré, ex-dançarino do grupo de axé É o Tchan, disse a Uol que costumava chorar de frustração no camarim uma vez que Carla Perez era, segundo ele, a única a receber atenção da televisão, em um grupo com quatro pessoas negras.

O dançarino, cujo nome de batismo é Edson Cardoso, revela que a tristeza era compartilhada por outros integrantes da equipe. 

"Dentro da TV, todo mundo ia só em cima da Carla Perez", disse em entrevista ao dançario Yves Lorrhan. "Não aparecia a gente, pois só queriam mostrar a Carla", acrescentou, reconhecendo que a colega "não tinha culpa por isso. " 

"É culpa do sistema, da sociedade, que quer mostrar sempre a mulher. Eram quatro negros, eu, Beto, Compadre Washington e Débora [Brasil]. Chamavam sempre a loura, não a Débora. E todo o grupo ficava muito triste, não só eu. A gente batalhava tanto, ensaiava, criava, e os caras fazem isso, jogavam só para uma pessoa. Teve programas que não queria fazer. Chegava no camarim e chorava muito", disse.

O artista admitiu ainda que se chateava com o fato de, na época, as pessoas presumirem que ele era gay pelo fato de dançar. 

"Quando fiquei famoso, teve muito o fato de acharem que era gay por estar rebolando. Fere pelo fato de as pessoas acharem que só o homem gay pode rebolar e remexer".