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Médico morre com parada cardiorrespiratória, após se automedicar com hidroxicloroquina

A hidroxicloroquina é a versão menos tóxica da cloroquina

21 abril 2020 - 12h08Por Willian Leite

O médico Gilmar Calasans Lima, 55 anos, morreu nesta terça-feira (21), depois de ficar quatro em tratamento domiciliar. A morte foi confirmada 45 minutos após ele dar entrada na emergência do Hospital da Costa do Cacau em Ilhéus na Bahia. A informação foi confirmada pelo secretário de saúde do estado, Fábio Vilas-Boas.

Segundo o UOL notícias, o titular da pasta disse que, por ser médico, Lima teve acesso à combinação de hidroxicloquina e azitromicina sem a necessidade de receita médica. Ele era hipertenso e diabético. Um dos efeitos colaterais da hidroxicloquina são alterações cardiovasculares, mas não é possível saber se a morte está relacionado ao uso do remédio

"É sabido que a cloroquina e a hidroxicloroquina podem levar a arritmias cardíacas graves potencialmente fatais. Seu uso deve ser precedido de avaliação cardiológica e realização de eletrocardiograma", declarou Vilas-Boas, ao portal Metro1.

A hidroxicloroquina é a versão menos tóxica da cloroquina. Seu uso foi liberado pelo Governo do Estado da Bahia no último dia 8 exclusivamente para tratamento em ambiente hospitalar de pacientes com diagnóstico positivo para a covid-19 internados nas redes pública e privada do estado.

Na ocasião a secretaria informou que havia em estoque 50 mil comprimidos, e que uma nova carga, de 1 milhão de comprimidos, estava sendo adquirida. Gilmar foi o 46º óbito confirmado pela doença no estado. Segundo a Sesab, o médico teve os primeiros sintomas da doença em 11 de abril.

Ele chegou a apresentar melhora clínica, sem febre ou dispneia, quando apresentou um mal súbito e foi levado por familiares ao Hospital da Costa do Cacau, mas não resistiu. "Foi submetido a manobras de reanimação por 45 minutos, permanecendo sem estabilizar o ritmo cardíaco, terminando por evoluir para o óbito", explicou Vilas-Boas.

 A direção do Hospital Regional da Costa do Cacau divulgou nota lamentando a morte. "O colaborador permanecia em isolamento domiciliar na última semana quando nas últimas 48hs apresentou piora, sendo internado de urgência no HRCC. Neste momento de dor e consternação, deixamos os nossos mais sinceros pêsames aos familiares e amigos", diz a mensagem.