O assunto de impeachment envolvendo o presidente Jair Bolsonaro foi novamente aquecido pelo movimento político Livres, defensor de pautas sobre o liberalismo nos costumes e na economia. Nesta quarta-feira (16), uma nota foi divulgada elencando possíveis crimes de responsabilidade que teriam sido cometidos pelo presidente.
Em um dos trechos dessa nota, o movimento explica que “o presidente da República permanece incapaz de liderar os esforços nacionais contra a pandemia da covid-19 e de implementar políticas eficazes por meio do Ministério da Saúde”.
O texto ainda traz a narrativa de que Bolsonaro teria cometido "reiterados atos ilícitos e ímprobos" durante a sua gestão para tentar controlar o quadro da pandemia no país. A conduta do presidente, segundo o texto, poderia vir a ser enquadrada na Lei dos Crimes de Responsabilidades e Constituição Federal.
Os crimes relacionados seriam contra o direito fundamental à vida e à saúde, o livre exercício dos Poderes Constitucionais, o sistema eleitoral e a democracia, o Estado de Direito, a segurança interna do País, a probidade administrativa, bem como ausência de decoro e omissão sobre a responsabilidade de subordinados, diz parte da nota.
Os episódios citados incluem desde as insinuações do presidente sobre uso político das Forças Armadas, às declarações de fraudes em eleições, gastos com medicamentos comprovadamente ineficazes contra a covid-19 e afronta aos pressupostos de impessoalidade.
O movimento foi criado como organização suprapartidária ainda em 2018 durante os conflitos envolvendo o PSL e presidente do partido, Luciano Bivar. A filiação na época de Bolsonaro parece ter sido o principal ponto de partida do filho de Bivar, Sérgio Bivar que deu início ao Livres.