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26/12/2020 18:10

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Com pandemia, apenas uma escola recebeu reforma com mão de obra carcerária neste ano

Até o momento, 11 escolas já foram contempladas pelo projeto em Mato Grosso do Sul

Em Mato Grosso do Sul, detentos já reformaram 11 escolas através do projeto Revitalizando e Pintando Educação com Liberdade. Devido à pandemia, eles deram uma pausa nos trabalhos e iniciaram a reforma de apenas uma escola em 2020.

Neste mês de dezembro, 25 detentos do regime semiaberto iniciaram a reforma da 12° escola, localizada no Parque Res. Iracy Coelho Netto. A escola estadual Profª Zélia Quevedo Chaves recebe a mão de obra para revitalizarão de todo o espaço, que foi inaugurado há 35 anos e nunca passou por uma reforma.

De acordo com a Agepen, os trabalhos em outros espaços públicos são feitos através de convênio com o Conselho da Comunidade de Campo Grande. 

Na escola do Iracy Coelho, a reforma terá um custo de R$ 550 mil, valor custeado pelos próprios presos. Atendendo 959 alunos, a E.E. Profª. Zélia Quevedo Chaves possui 960 m² de área construída e 6.000 m² de terreno. Em tempos de crise e principalmente com a pandemia de Covid-19, seria praticamente impossível uma escola destas proporções ser contemplada com uma reforma geral.

O custo para o Estado se resume ao salário dos presos. Já o valor do material (orçado em R$ 220.00,00) será totalmente pago pelo detento, a partir do dinheiro arrecadado do desconto de 10% do salário de todos os presos que trabalham na Capital, conforme Portaria n. 001/2014 da 2ª Vara de Execução Penal.

Para executar todas as tarefas, a equipe de 25 presos conta com eletricistas, pedreiros, carpinteiros, instalador de forro, serralheiro, pintores e o restante do pessoal são ajudantes que, no decorrer da obra, são capacitados pelo Senai e adquirem uma nova profissão.

O projeto reconhecido nacionalmente pela inserção de presos do regime semiaberto no mercado de trabalho, é do juiz Albino Coimbra Neto. Ele visitou o local e deu um recado aos trabalhadores. “Vocês estão fazendo mais que uma reforma qualquer, estão restaurando uma igualdade melhor, dando uma dignidade ao ambiente”, ressaltou.

Com o uso da mão de obra, o Estado já garantiu mais de R$ 8 milhões em economia, beneficiando 10.034 alunos na reforma de 17.500 m² nas escolas já contempladas.

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