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há 3 anos

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Para almoçar e jantar, cozinheira cata latinha duas vezes ao dia: 'até osso da carne é caro'

Para amenizar o sofrimento, ela recebe auxílio emergencial e uma cesta básica por mês

A cozinheira Deyse Silva Prates dos Santos, 45 anos, só consegue sobreviver graças ao trabalho como catadora de recicláveis, na favela Olaria, em São Paulo. Na pandemia, ela e a família viram a situação piorar. 

Deyse é casada com um jardineiro, também desempregado e vive com duas filhas, de 25 e 26 anos, que fazem bicos de cabeleireira. Ela relata que passou a receber a segunda etapa do auxílio emergencial, de R$ 150, o que ainda é pouco para a família. 

No dia a dia, segundo o Metrpóles, a desempregada conta que sai de madrugada para catar as latinhas. O dinheiro desse trabalho só garante o café da manhã. Ao final do dia, ela sai para a coleta de novo, dessa vez para conseguir o dinheiro da janta. 

“Não tem como relaxar. Arroz e feijão agora é luxo. Raramente comemos carne ou frango. Fui comprar um quilo de osso, para retirar a carne possível, e custou R$ 47”, lamentou a cozinheira. 

“Estou conversando com você [repórter] e, neste momento, a minha geladeira está vazia. Falta tudo. Eu não tenho nem produto para higienizar a minha casa”, acrescentou Deyse.

Doações

Em meio a tanto sofrimento, a família de Deyse é agraciada com uma cesta básica ao mês, cuja doação é feita pelo Instituto Superação. 

Desde o início da pandemia, em cooperação com outras ONGs que lutam contra a fome em SP, o projeto já atendeu a mais de cinco mil famílias em favelas de SP. No ano passado, foram distribuídas mais de 70 toneladas de alimentos.

“Alimentar quem tem fome só tem sido possível por causa de doações”, ressalta Lucas Urbano, presidente do Instituto Superação. “Por esse motivo, a campanha #pandemiafomezero estará ativa até o fim da pandemia. Nosso papel é sanar a fome do povo e oferecer um pouco mais de dignidade”, afirmou. 
 

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