A Procuradoria-Geral da República recorreu, nesta sexta-feira (12), da decisão do Supremo Tribunal Federal, que autorizou o retorno de Jamil Name, preso na Penitenciária Federal de Mossoró, Rio Grande do Norte, para unidade prisional em Mato Grosso do Sul. Ele é acusado de ser chefe de um grupo de extermínio em Campo Grande.
O ministro Marco Aurélio Mello atendeu pedido de um juiz-corregedor do RN, que pedia a volta do réu para o estado de origem, após constatar que o preso tem avançada idade e problemas de saúde como diabetes, hipertensão e síndrome do idoso frágil.
Um dos motivos para que Name, o filho e mais dois réus por integrarem o grupo de extermínio, foram ameaças de morte do empresário contra o delegado do Garras, Fábio Peró.
De acordo com o documento, assinado pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, "o estabelecimento prisional federal em que mantido o agravado reúne condições para prestar os necessários cuidados à sua saúde, mesmo diante do quadro da epidemia".
Outra alegação da PGR é que, de dentro do Presídio Federal de Mossoró, Jamil Name "voltou a ordenar que o Delegado de Polícia Civil Fábio Peró seja morto por seus comparsas que ainda estão em liberdade e foi além, ordenando que também sejam assassinados um Promotor de Justiça do GAECO, um Defensor Público e familiares do próprio Delegado".