Professora, de 38 anos, perdeu seu emprego após precisar explicar para um dos seus alunos "de onde os bebês vêm". O caso aconteceu ainda no mês de outubro, mas só tomou maiores proporções após Elaine Cosmo falar com a imprensa depois de ser demitida de uma escola particular de Cerejeiras, em Rondônia.
A educadora lecionava aula no dia 24 de outubro, quando faltando poucos minutos para o encerramento das aulas, foi questionada por uma aluna sobre o assunto.
“Ela falou: ‘perguntei pra minha mãe de onde vêm os bebês e ela disse pra eu perguntar pra senhora’. Na hora, fiquei até meio constrangida, porque a maioria dos alunos já sabe, né, eles têm 10, 11 anos”, diz a pedagoga ao site BHAZ.
Elaine pediu que, quem já soubesse a resposta, levantasse a mão. A maioria dos estudantes levantou, somente quatro ficaram de fora. Assim, ela começou a explicar e pediu que aqueles que já sabiam permanecessem em silêncio.
“Falei que precisa de um homem e uma mulher. Os dois juntos, maiores de idade, responsáveis e se amando, vão conceber o bebê no ato sexual. Disse que o homem fabrica o espermatozoide e a mulher gera a criança no útero. Que todo mundo já foi espermatozoide um dia”, recorda.
A professora foi embora normalmente e, no dia seguinte, uma mãe de aluno ligou por volta das 13h. Ela disse que as mães do 5º ano haviam criado um grupo no WhatsApp, onde estariam “detonando” Elaine.
Elaine afirma que trabalhou no instituto por três meses, sem carteira assinada. Ela não teria recebido aviso prévio após a demissão e, inclusive, está entrando na Justiça contra a escola.
“Eu fui lá não para conversar, mas para ser demitida. Não fizeram uma reunião comigo e com os pais, não assinei nada. Não teve ata. Me senti muito constrangida, porque não pude ir na escola nem para pegar meus materiais e me despedir das crianças”, lamenta.
Em nota, a Escola Dimensão afirma que “a versão apresentada pela professora não corresponde em nenhum momento com a realidade dos fatos”.
A instituição de ensino diz que não existe a disciplina “reprodução humana” no material escolar. Ainda, a demissão não ocorreu somente devido ao tema apresentado em aula, “posto que, apesar de ser uma tópico sensível para nossas crianças, há de ser considerado um planejamento pedagógico juntamente com a Equipe Gestora adequado para poder se ministrar aulas sobre educação sexual”.