O presidente Jair Bolsonaro criticou decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Luis Roberto Barroso, que obriga o Senado a instalar a CPI da Covid. No entanto, em 2007, o então deputado Bolsonaro cobrou do Supremo medida para abrir a CPI do Apagão Aéreo. 

Na ocasião, a entrevista foi dada à TV Câmara. Bolsonaro cobrou do STF ‘’razoabilidade do Supremo’’, que acabou por interferir no Congresso e autorizar a investigação. 

À época, a Câmara decidiu não levar adiante a criação da chamada CPI do Apagão Aéreo. Porém, o plenário do Supremo, determinou a instalação da comissão. Entre os deputados que pediram a criação da CPI no STF estava Onyx Lorenzoni, atual secretário-geral da Presidência.

Críticas

Sobre a decisão de Luis Roberto Barroso, nesta quinta-feira, o presidente, por meio de uma rede social, disse que "falta-lhe coragem moral e sobra-lhe imprópria militância política."

Barroso respondeu ao presidente. 

‘’Na minha decisão, limitei-me a aplicar o que está previsto na Constituição, na linha de pacífica jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, e após consultar todos os ministros. Cumpro a Constituição e desempenho o meu papel com seriedade, educação e serenidade. Não penso em mudar", escreveu o ministro. 

O Supremo emitiu nota de esclarecimento e disse que "os ministros que compõem a Corte tomam decisões conforme a Constituição e as leis." Diz ainda que, "dentro do estado democrático de direito, questionamentos a elas (decisões) devem ser feitos nas vias recursais próprias, contribuindo para que o espírito republicano prevaleça em nosso país".