Ao relembrar a época em que 'batia de frente' com preconceituosos, Rogéria destacou que 'já quebrou muita unha batendo em homofóbicos' ao lado de amigos travestis e gays. Ela foi homenageada aos 73 anos, durante uma apresentação no Teatro Rival, no Rio de Janeiro e afirmou que ainda se deparar com o preconceito, especialmente a homofobia.
De acordo com o Ego, que nos dias atuais, os 'skinheads' andam espalhando preconceito armados. "É muito difícil lidar com o preconceito, enfrentei a minha vida toda e enfrento até hoje. Assisto pela televisão o que minhas colegas transexuais, meus amigos gays, que me representam, passam por aí. É uma violência muito triste. Costumo dizer que na minha época travesti batia nos homofóbicos. Sempre que vinha um mais abusado a gente chamava todos os travestis e partia pra cima. Eu gritava: 'Deixa o último pra mim', e quebrei muita unha na cara de preconceituosos. Acontece que hoje os tais 'skinheads' andam com facas, com madeiras, e até com lâmpadas né? Ficou mais difícil a luta".
Para Rogéria, cada um pode fazer o que quiser com seu corpo e a atitude deve ser respeitada. "Eu luto junto com as minhas amigas transexuais. Meu p... está aqui pendurado, mas eu defendo que cada um faça o que quiser com seu corpo."
Quando o assunto é o sucesso, Rogéria festeja, apesar do preconceito, que conseguiu alcançar um novo status no Brasil e que é respeitada por onde passa."Eu não tenho o que reclamar. As pessoas me chamam até de 'senhora', sendo que eu continuo sendo o Astolfo, e eu acho divertido e ao mesmo tempo respeitoso. Depois dos meus anos de carreira eu sou muito respeitada e principalmente amada, especialmente pelas mulheres", diz a atriz.