O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, demitido na última sexta-feira (19) pelo presidente Jair Bolsonaro, “já vinha enfrentando problemas com o Palácio do Planalto” e a recusa de pagar publicidade a duas emissoras de televisão foi o estopim.
A notícia foi divulgada pelo O Globo, através da coluna do jornalista Merval Pereira. Ele afirma que Castello Branco se recusou a pagar publicidade nas emissoras de TV aberta Record e SBT. Isso culminou na demissão.
“Ele havia recusado um pedido do governo para colocar 100 milhões de reais em publicidade nas redes de televisão Record, do bispo Macedo, e SBT, de Silvio Santos.” Mas o motivo essência, como se sabe, foi o preço dos combustíveis.
Segundo o colunista, "os conselheiros que não estão aceitando a demissão de Roberto Castello Branco se preocupam com mudanças que afetem contratos e acordos já firmados, no Brasil e no exterior, prevendo sanções por quebra de compromissos".
"Até mesmo o estatuto da estatal será afetado, pois o presidente da Petrobras no governo Temer, Pedro Parente, incluiu nele o compromisso com os acionistas. Na reunião hoje, conselheiros advertiram o ministro Bento Albuquerque que qualquer decisão que não tenha base técnica poderá ser barrada no Conselho".