A diarista Pryscilla Stephan da Silva, 38 anos, que matou a tia, a costureira Ivonete Pache Stephan, de 56 anos, prensada na parede da garagem pelo próprio carro, tem histórico de agressões. Em 2016, Pryscilla se envolveu em uma briga no condomínio que morava na Rua Padre Julião Urquiza, no Jardim Monte Alegre. O caso foi parar no Juizado Especial Central de Campo Grande.

Segundo o Boletim de Ocorrência registrado na época e que consta nos autos do processo, em abril de 2016, a polícia foi chamada até ao endereço depois de Pryscilla ter agredido três moradores do condomínio. A síndica, que na época tinha 56 anos e também foi agredida, disse aos policiais que a diarista estava discutindo com o marido quando começou a arremessar objetos pela janela de seu apartamento, que ficava nos andares superiores.

Durante a ação, um dos objetos teria atingido o veículo da síndica, causando dano na porta traseira esquerda do veículo. Ela não teria gostado e pedido para que a diarista parasse de arremessar os objetos pela janela. Transtornada, Pryscilla teria descido do apartamento para tomar satisfação de posse de uma faca com lâmina de 25 centímetro de comprimento. A mulher, com medo, preferiu se trancar no apartamento, que acabou esmurrado pela autora.

Um jovem - que na época tinha 17 anos - conseguiu pegar a faca de Pryscilla. Porém, a suspeita investiu contra ele, que acabou unhando no ombro e no pescoço. A diarista ainda teria partido para cima da filha da síndica, que na época estava com 16 anos. Diante da situação, a síndica saiu do apartamento e foi defender a filha que apanhava.

A polícia chegou e os ânimos foram controlados. No entanto, a adolescente teve lesões próximo ao ombro direito e no pescoço. A síndica teve lesões nos dois braços, pescoço e nariz. A autora também teve lesões no rosto e um corte no nariz.

Sentença

O processo tramitou em juízo, porém, durante a sentença realizada no dia 11 de novembro de 2018, a ação foi encerrada porque as partes interessadas para o processamento dos fatos de lesão corporal recíproca e ameaça 'manifestaram o desejo de não representação'.

No entanto, o magistrado que cuida do caso levou adiante o delito de lesão corporal dolosa e a contravenção penal de vias de fato praticado contra os adolescentes na época, providenciando nova audiência e intimação dos envolvidos.

Já neste 25 de dezembro, durante a Ceia de Natal em família, Pryscilla teria se desentendido com o marido e tentava sair com o carro, mesmo não tendo habilitação e alcoolizada. A mãe e a tia tentavam impedir que ela saísse com o veículo quando aconteceu o acidente.