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Geral

28/04/2021 12:05

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Soldado da PM denuncia tenente-coronel por assédio sexual, ameaça de morte e estupro

Uma soldado, lotada atualmente no 45° Batalhão da Polícia Militar do Interior (BPM/I), em Praia Grande, no litoral de São Paulo, denunciou um caso de assédio sexual e ameaças de morte em mensagens de aplicativo fora do horário de serviço, além de perseguição no trabalho, quando ela atuava na Capital. 

As informações são do G1. A vítima teria sido ameaçada por um tenente-coronel. 

De acordo com a PM, foi aberto u inquérito na Justiça Militar para apurar o caso, e o oficial foi afastado do comando.

Ainda segundo o site, a soldado relata episódios de investidas sexuais, principalmente por mensagens, ameaças por áudio, humilhação em frente aos seus colegas e até mesmo sabotagem quando se recusou a ceder aos pedidos de seu superior.

A vítima começou a ser perseguida em 2018. Ele havia acabado de assumir o comando do Batalhão da Zona Sul de São Paulo, quando passou pelas companhias para se apresentar aos policiais militares e a conheceu.

"Em um momento em que a gente ficou um pouco sozinho, ele assim veio em uma total liberdade, uma intimidade. Mas a gente nunca tinha se visto, né? E me chamou para sair na cara dura", relembra.

Ela disse ao superior que era casada e tinha filhos, recusando o convite. "Depois desse dia, minha vida virou um inferno", desabafa. 

No dia seguinte ela começou a ser perseguida. 

Depois disso, ela ainda foi humilhada em uma reunião, que havia sido marcada para tentar resolver a situação, a soldado conta que precisou de atendimento psiquiátrico e foi afastada dos serviços por seis meses.

 Depois disso, para evitar ainda mais a perseguição do coronel, a soldado conta que tirou uma licença sem vencimento de dois anos.

"Pensei: 'nesses dois anos ele vai se aposentar, vai me esquecer e vai me deixar em paz...", só que o tiro saiu pela culatra porque ele ainda estava na ativa", relembra.

Foi neste período em que ela se mudou para o litoral paulista com a família, e passou a tentar uma nova transferência, da capital para a Baixada Santista. Com o fim da licença, ela voltou para a corporação em março deste ano.

No fim do mês, o comandante conseguiu o número de celular dela e passou a fazer investidas sexuais cada vez mais insistentes, prometendo sustentar os filhos da soldado, promoção dentro da corporação e a transferência que ela queria.

As ameaças de morte vieram também por áudios. Em uma das falas, o comandante afirma que "não existe segredo entre dois, um tem que morrer" e "quem não tem problema na vida, está no cemitério".

No dia 2 de abril, ela decidiu pela denúncia. 

Comandante afastado

A Polícia Militar esclareceu, por nota, que recebeu a denúncia e imediatamente instaurou um inquérito policial militar para apurar rigorosamente os fatos. 

O oficial foi afastado do comando do Batalhão e a investigação é conduzida pela Corregedoria da Polícia Militar. Segundo a corporação, todos os fatos são sigilosos, conforme prevê a legislação.


 

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