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Tragédia do RS não é natural, é do poder público, e cuidado com a empatia seletiva

O povo já ajuda, todo dia, quando paga impostos; obrigação de sanar e prevenir os problemas é de políticos e gestores

‘Não é hora de achar culpados’; ‘o momento é de união e ajuda’; ‘todos podem ajudar’. Essas são as frases saídas das bocas de 100% dos políticos neste momento que o Rio Grande do Sul enfrenta a maior calamidade de sua história, quem sabe da história brasileira. Primeiro, é justamente este o momento de achar culpados. E segundo, o povo, de toda a nação, ajuda a cada instante, quando paga impostos e não vê o retorno esperado.

A Prefeitura de Porto Alegre, uma das cidades mais afetadas pela calamidade ambiental, por exemplo, gastou exatos zero reais com prevenção no setor em todo ano passado. Vamos falar que não é momento de apontar o dedo e dizer que o prefeito Sebastião Melo (MDB) não é culpado? O Governador Eduardo Leite (PSDB) não citou em nenhuma das 58 páginas de seu plano de trabalho apresentado nas eleições 2022 uma mísera letra sobre prevenção a desastres ambientais ou cuidado com o meio ambiente.

O atual governo federal de Lula do PT, na mesma eleição, em seu plano de trabalho, fez promessas genéricas como: ‘vamos cuidar da proteção ao meio ambiente’, mas pouco apresentou no quesito prevenção. Justo dizer que, com apoio de todo Congresso, agiu rapidamente pós a tragédia instalada.

Sobre o antecessor, Jair Bolsonaro (PT), um homem que andava de jet-ski enquanto a Bahia mergulhava no caos ambiental, melhor sequer tecer comentários. Não há defesa para falta de humanidade.

Antes de cobrar doações, o povo deve cobrar o básico: o bom redirecionamento dos mais de R$ 3 trilhões arrecadados anualmente em impostos, metade consumidos em juros da União e suas partes. O contribuinte já é sacrificado demais.

Ainda sobre doações, cuidado para não cair no atual ‘efeito Ucrânia’, ou empatia seletiva. Não há ninguém próximo de você que necessite de uma ajuda imediata, antes de se pensar nos gaúchos. Mato Grosso do Sul tem 30% de pessoas consideradas abaixo da linha da pobreza, e o que recebem é campanha contra as doações. A Bahia, já citada, teve desastre ambiental de nível pesado, e não se viu tamanha solidariedade. Talvez porque seriam nordestinos, quem sabe...

Empatia faz um povo sim, assim como reflexão, educação – formal e informal –, pacto civilizatório e conhecimento de suas leis, obrigações e deveres. Quem sabe um dia... ou não.

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