Mãe de uma adolescente de 13 anos denunciou entrega de exames errados de covid-19, no Hospital Municipal Francisca Ortega, em Nova Alvorada do Sul. Com diagnósticos antigos, as moradoras correram risco de espalhar a doença e até causarem mortes. 

Segundo o relato, dado ao Folha da Cidade MS, a paciente, que aqui será chamada de ‘’Maria’’, viu que a filha apresentava sintomas e a levou para fazer o teste, na quinta-feira (15). A entrega do resultado estava agendada para o sábado (17). 

Ainda segundo Maria, na manhã desta segunda-feira (19), o hospital informou que o teste da filha deu positivo e que a menor deveria iniciar o tratamento e medicação. As duas foram levadas para uma ala com casos confirmados da doença. 

No entanto, diz a denúncia, depois do atendimento, a mãe observou que o exame da filha tinha data de 9 de setembro de 2020, ocasião em que a menor também teve sintomas e passou pelo exame. 

A mãe apurou que o resultado do teste feito no dia 15 de abril deste ano, ainda não estava pronto. 

MAIS ERROS

Depois de perceber o erro grotesco, a mãe desconfiou e lembrou que no dia 17 de março deste ano também sentiu sintomas da doença e se submeteu a um teste no mesmo hospital. O resultado saiu no dia 21 do mesmo mês e deu negativo para o novo coronavírus. 

No entanto, Maria foi conferir a data do resultado e percebeu que o laudo era do exame que ela fez em setembro de 2020 e tinha dado negativo. Ela procurou o hospital e a impressão correta do exame novo apontou ‘’positivo’’ para a doença. 

‘’... como me entregaram um exame negativo em março, vivi minha vida normalmente. Tive contato com outras pessoas, principalmente dentro de minha casa onde residimos em seis pessoas. Eu estava contaminada e, por incompetência de alguém, eu estava vivendo uma vida normal’’, lamentou Maria. 

A mulher pede para que os moradores da cidade que, por ventura, fizeram exames em 2020, observam as datas dos laudos. Ela prometeu ir à Polícia Civil pedir apuração do caso. 

Resposta

Não conseguimos contato com a Secretaria Municipal de Saúde local. No entanto, foi apurado que a titular do órgão teve conhecimento do fato e foi pessoalmente conversar com a mãe da adolescente.