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Interior

há 3 anos

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Pacientes renais perdem exclusividade em van de saúde e viajam até com caixas de exames

Secretaria de Saúde de Porto Murtinho admite problema, mas diz que pacientes não correm risco de contaminação

Samir Mohamed Kadri, paciente renal crônico, denuncia que a van que transporta pacientes para hemodiálise, de Porto Murtinho a Campo Grande, viaja cheia e com pacientes com outras comorbidades. Ele destaca até o fato de caixas com exames de covid ‘’viajarem’’ no meio dos doentes. 

A denúncia de Mohamed já foi objeto de reportagem no TopMídiaNews em 2019. Na reclamação mais recente, Samir diz que os renais crônicos têm imunidade baixa e não deveriam manter contato com pacientes com outras comorbidades, principalmente em tempos de covid-19.  

Os renais crônicos de Murtinho e região viajam todas às segundas, quartas e sextas para Campo Grande. Após a hemodiálise, eles retornam para a cidade fronteiriça, em uma jornada que dura até sete horas. 

Samir mostrou que, em 9 de abril, a van saiu de Murtinho, por volta das 23h, com cerca de 15 pessoas. Cinco eram renais crônicos e dois acompanhantes. Os outros oito ocupantes eram pacientes de comorbidades diversas. 

‘’São pessoas que se consultam em hospitais como Santa Casa, Hospital Regional, são lugares muito cheios de vírus. Essa é nossa briga com eles’’, reflete Samir, que entende que eles também têm direitos, mas deveriam ir separados. 

Mohamed lembra do tempo que havia uma van só para eles e isso só foi conseguido depois dele reclamar muito. No entanto, o problema retornou. 

Perigo 

Samir conta que, nas ocasiões que a van vai com grande número de passageiros, caixas de coletas de exames, inclusive da covid-19, vai em meio aos passageiros.  

‘’Esses dias eu fui do lado do motorista e a caixa estava no pé dele’’, denunciou Mohamed. Ele destaca o perigo de contaminação em pessoas que já tem a imunidade baixa. 

Resposta

A secretária de Saúde de Porto Murtinho, Estela da Silva Neves, 35 anos, admitiu os problemas. 

Sobre os passageiros da van, Neves justifica que a demanda de pacientes para ir a Campo Grande reduziu drasticamente. Por isso, fica inviável disponibilizar dois veículos para levar uma quantidade pequena de passageiros. Ela negou que haja super lotação na van ou no micro-ônibus. 

‘’Entendemos a angústia deles, o sofrimento. Sabemos que é um público que precisa de atenção, mas fica inviável dois veículos’’, explicou a secretária. 

Estela observou que os pacientes não correm riscos, já que os renais crônicos se sentam ao lado dos acompanhantes. Também destaca que todos usam máscaras e a van não viaja com passageiros acima da capacidade. 

Sobre as caixas de coleta, Estela diz que chegou a consultar autoridades de saúde do Estado e não há nenhuma contraindicação para fazer o transporte. Ela pontua que as caixas são lacradas e, em algumas ocasiões, vão no bagageiro e às vezes perto do motorista. 

A titular da Saúde murtinhense também destacou que não há casos de contaminação por conta disso. Por fim, disse que a prefeitura está à disposição do denunciante para tratar dessas questões. 

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