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Interior

21/08/2017 18:00

PM's que abordaram jovens desaparecidos são ouvidos; caso é 'questão de honra', diz chefe do DOF

Caso também é investigado pela Delegacia de Homicídios em Campo Grande

Os quatro policiais militares do DOF (Departamento de Operações de Fronteira), que abordaram dois jovens antes deles desapareceram,  em Ponta Porã, foram ouvidos no IPM ( Inquérito Policial Militar) aberto pelo departamento. O chefe do DOF, coronel Kleber Haddad Lane, disse que o esclarecimento do caso será 'uma questão de honra' para a corporação.

Conforme a assessoria do DOF, o conteúdo das declarações para o inquérito policial militar é sigiloso. No entanto, conforme o comandante, Kléber Haddad, informalmente, ou seja, antes de serem ouvidos na investigação interna, os policiais comentaram que liberaram irmãos Rodney Campos dos Santos, 27, e Edney Bruno Ortiz Amorim, 20 abordados em frente a um posto de gasolina, na saída de Ponta Porã para Antônio João, na tarde do dia  12 de agosto.

O prazo para conclusão do inquérito, segundo o DOF, é de 30 dias.

Dupla abordada por agentes do DOF estão desaparecidos

(Irmãos desapareceram após serem abordados por homens do DOF - Foto: Reprodução)

Mais investigação

Até o momento, os policiais afastados na fronteira ainda não prestaram depoimento à DEH (Delegacia Especializada em Homicídios) em Campo Grande. A transferência do caso, de Ponta Porã para Campo Grande foi uma ordem expressa do secretário de Segurança Pública, José Carlos Barbosa.

O delegado titular, Márcio Obara, já ouviu familiares dos irmãos, mas não deu detalhes do caso. Ele e uma equipe passaram dias em Ponta Porã para aprofundar as investigações.

Dupla abordada por agentes do DOF estão desaparecidos

(Comandante do DOF diz que caso é 'questão de honra')

Questão de honra

Lane disse à imprensa que a solução deste caso é uma 'questão de honra e justiça' para o DOF. O coronel contou a versão informal dada pelos policiais que abordaram os irmãos em Ponta Porã. No relato dos PM's, houve uma abordagem a dupla, no entanto, o ponto da abordagem era ruim para a comunicação, por isso, os militares os levaram para outro ponto.

Ainda na versão dos policiais afastados, não havia nada contra os rapazes, e diante de uma outra ocorrência, liberaram os suspeitos. Haddad destaca que os jovens desaparecidos não foram presos nem detidos, e sim abordados e liberados.
De acordo com o DOF, os militares estão em atividades internas.

Silêncio

O secretário de Justiça e Segurança Pública, José Carlos Barbosa, não quis falar sobre o caso. A assessoria da Sejusp disse que o titular da pasta não vai tecer comentários e que é preciso aguardar o andamento das investigações, tanto a conduzida pelo DOF, quanto pela Polícia Civil em Ponta Porã e Campo Grande.

 

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